Em comemoração aos 130 anos de Cora Coralina, sua filha revela poemas inéditos

Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas, 20/08/1889 — 10/04/1985, poetisa goiana. Se achava mais doceira do que escritora. Só em 1965, aos 75 anos, ela conseguiu realizar o sonho de publicar o primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais. Ana viveu por muito tempo de sua produção de doces, até ficar conhecida como Cora Coralina, a primeira mulher a ganhar o Prêmio Juca Pato, em 1983, com o livro Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha. Cora Coralina ficou nacionalmente conhecida por intermédio do poeta Carlos Drummond de Andrade.

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Vicência Brêtas Tahan é possivelmente a fã número um de Cora Coralina, e guardiã de seus escritos. Única filha viva da poetisa e doceira que estreou na literatura aos 75 anos, ficou conhecida do grande público aos 90, e cuja popularidade só aumenta com o passar dos anos, ela está animada com a proximidade das comemorações pelos 130 anos do nascimento de sua mãe, que vai movimentar, na terça-feira, 20, a histórica Cidade de Goiás, onde Cora nasceu e morreu.

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Cora Coralina só publicou três livros em vida – Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais (1965), Meu Livro de Cordel (1976) e Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha (1983). Hoje, são encontrados 16 títulos nas livrarias, incluindo um livro de receita e 8 para crianças.

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“Minha mãe começou a escrever muito cedo, aos 14 anos, mas naquele tempo ninguém dava valor à escrita da mulher. E ela foi guardando, guardando. Depois, se casou e meu pai era daquela geração bem machista: não deixava ela mostrar os poemas que escrevia, e ela continuou guardando. Até que, aos 75 anos, já viúva, com os filhos criados e casados, ela voltou a se interessar por publicar e conseguiu”, conta Vicência.

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A saudade é grande: da conversa, do espírito, da comida feita com banha na panela de barro, da linguiça que ela deixava no fumeiro, dos doces. Cuidar da obra de Cora diminui um pouco a distância entre a filha coruja, autora da biografia romanceada Cora Coragem, Cora Poesia, e a mãe famosa. “Sou filha coruja. A gente tem que valorizar o antepassado. E ela não foi uma mulher qualquer. Tinha muita personalidade, muita presença. Tenho muito orgulho e quero sempre parecer mais com ela nesse ponto”, finaliza.

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Poemas inéditos

Vivência revelou que há poemas inéditos de Cora. Três livros de autoria de Vivência, estão no prelo da editora Global. Dois deles – uma seleção de poemas para jovens e o infantil Lembranças de Aninha, com 12 textos já publicados – estão previstos para 2020. E um novo lote de inéditos chegou recentemente à editora, que está no processo de seleção. E essa é a notícia boa para os leitores de Cora: há material (poemas, contos, cartas e discursos), ela diz, para mais cinco ou seis livros.

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Relembre 3 belos poemas de Cora Coralina

O Professor

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Professor, “sois o sal da terra e a luz do mundo”.Sem vós tudo seria baço e a terra escura.Professor, faze de tua cadeira, a cátedra de um mestre.Se souberes elevar teu magistério, ele te elevará à magnificência.

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Tu és um jovem, sê, com o tempo e competência, um excelente mestre.Meu jovem Professor,quem mais ensina e quem mais aprende?...O professor ou o aluno?De quem maior responsabilidade na classe, do professor ou do aluno?Professor, sê um mestre. Há uma diferença sutil entre este e aquele.Este leciona e vai prestes a outros afazeres.Aquele mestreia e ajuda seus discípulos.

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O professor tem uma tabela a que se apega.O mestre excede a qualquer tabela e é sempre mestre.Feliz é o professor que aprende ensinando.

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Poeminha Amoroso

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Este é um poema de amortão meigo, tão terno, tão teu...É uma oferenda aos teus momentosde luta e de brisa e de céu...E eu,quero te servir a poesianuma concha azul do marou numa cesta de flores do campo.Talvez tu possas entender o meu amor.Mas se isso não acontecer,não importa.Já está declarado e estampadonas linhas e entrelinhasdeste pequeno poema,o verso;o tão famoso e inesperado verso quete deixará pasmo, surpreso, perplexo...eu te amo, perdoa-me, eu te amo...

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ANINHA E SUAS PEDRAS

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Não te deixes destruir...Ajuntando novas pedrase construindo novos poemas.Recria tua vida, sempre, sempre.Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.Faz de tua vida mesquinhaum poema.E viverás no coração dos jovense na memória das gerações que hão de vir.Esta fonte é para uso de todos os sedentos.Toma a tua parte.Vem a estas páginase não entraves seu usoaos que têm sede.

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