A linguagem corporal afeta positiva e negativamente a maneira como os outros nos veem, mas também pode mudar bastante a maneira como nós mesmos nos enxergamos. A psicóloga social Amy Cuddy afirma que “fazer poses de poder”, ou seja, ficar numa postura corporal confiante, como aquela clássica pose da mulher maravilha e do super homem, mesmo quando não nos sentimos confiantes, pode estimular sentimentos de confiança e isso pode ter um impacto positivo em nossa autoestima, força e mental e psicoemocional, e assim aumentar as nossas chances de obter sucesso naquilo que ousarmos fazer.
Cuddy explica que nós somos julgados e que nós julgamos os outros, segundos após sermos olhados e/ou olharmos para os outros. Por isso, se a sua linguagem corporal fornecer a impressão de cordialidade e de confiabilidade, você será julgado positivamente.
Algumas das premissas apresentadas Amy Cuddy em sua palestra na TED têm sido debatidas entre cientistas sociais do mundo todo. Nós colhemos alguns excertos da palestra, mas você pode assisti-la na íntegra, logo abaixo.
O que está absolutamente claro a partir dos estudos é que a adoção de posturas expansivas aumenta os sentimentos de poder e confiança das pessoas. E sentir-se poderoso é uma variável psicológica crítica. Como o professor da Columbia University Adam Galinsky e seus colegas escreveram em uma revisão de 2016, a “sensação de poder de uma pessoa … produz uma gama de consequências cognitivas, comportamentais e fisiológicas”, incluindo funcionamento executivo aprimorado, otimismo, criatividade, autenticidade, capacidade de autorregulação e desempenho em vários domínios, para citar alguns.
Quando nosso sistema de abordagem é ativado, ficamos mais felizes, mais otimistas, mais confiantes, mais criativos, mais propensos a agir, mais propensos a buscar recompensas e oportunidades, mais energéticos fisicamente e menos inibidos, entre outras coisas. A ativação dos sistemas de inibição leva aos efeitos opostos
Se estamos nos comunicando com outras pessoas em uma frequência não verbal, também estamos nos comunicando com nós mesmos. Estamos construindo nossa própria confiança, emitindo uma certa vibração e revelando emoções. A linguagem corporal de poder vem de acreditarmos em nossas próprias histórias. Quando não acreditamos em nossas histórias, somos inautênticos – estamos enganando, de certa forma, a nós mesmos e aos outros. E esse autoengano é, ao que parece, observável para os outros à medida que nossa confiança diminui e nossos comportamentos verbais e não-verbais se tornam dissonantes. Enquanto você mente para si, achando que os outros não estão percebendo, eles estão pensando: “Parece que algo está errado. Não posso investir totalmente minha confiança nesta pessoa”. Como disse Walt Whitman, “Convencemos com a nossa presença” e, para convencer os outros, precisamos primeiro nos convencer.
Que tal experimentar fazer a postura de super-herói/super-heroína, antes de sair para uma entrevista de trabalho ou qualquer coisa que considere exigir altivez e determinação? Faça e compartilhe conosco a sua experiência.
Assista na íntegra a palestra de Cuddy.
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