Não é fácil ignorar o que deve ser ignorado e dar atenção apenas ao que nos acrescenta. Em pleno século XXI, ainda existe quem acha que é preciso fazer sacrifícios dos mais indignos para manter um casamento, em favor dos filhos, ou de qualquer outra coisa que não seja o marido ou a esposa. Como se fosse uma falha irreversível não dar certo na vida a dois. Como se fôssemos obrigados a manter um relacionamento falido porque a sociedade assim o quer.
Logicamente, um casamento envolve muitas pessoas e todas elas sofrerão com o fim dele. Porém, isso não quer dizer que todo mundo deve ser poupado, menos quem sofre e não consegue mais sustentar um amor que nem existe. Filho não segura casamento, dinheiro não segura casamento, nada segura um casamento, a não ser a vontade de amar todos os dias a mesma pessoa. Se passou essa vontade, o casamento já acabou.
Não é egoísmo pensar em você, quando se trata de sobreviver, de querer amar e ser amado de volta, de querer ser feliz. Não é tragédia se separar, tragédia é manter um relacionamento vazio e infeliz. Tragédia é deixar de viver o que se é, para agradar pessoas que não vivem sua história de dentro. Ignore e siga. Vai ser feliz.
Texto do professor, historiador e filósofo Marcel Camargo.
Imagem de capa: Reprodução filme História de um Casamento
Se você gostou do texto, curta, compartilhe com os amigos e não se esqueça de comentar, isso nos ajuda a continuar trazendo conteúdos incríveis para você.
O “chefe ruim” se tornou uma parte cômica da cultura de trabalho, permeando filmes e…
"A alma da fome é política", dizia Herbert José de Sousa, o Betinho (capa), ao…
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925/2017), autor de mais de trinta obras publicadas no Brasil,…
Neste 20 de novembro de 2024 é a primeira vez em que esta dada é…
Qual é o lugar que a população negra ocupa no Brasil de hoje depois de…
Geneticamente falando, a cor da pele difere entre clara, escura, muito clara, muito escura. Enfim,…