“Vamos agora testar uma questão importante: quase todo mundo no Brasil está pessimista, ao pessimismo dominante, ótimo, mais fácil ainda de trabalhar. Vamos testar a idade de vocês. Quem lembra dessa personagem provavelmente tem curso de datilografia, quem lembra dessa personagem fez prova com mimeógrafo, provavelmente teve Orkut, quem lembra dessa personagem é uma pessoa experiente.
É a hiena Hardy, um desenho animado da década de 1960 e 1970. A hiena Hardy ficava dizendo ó vida!, ó céus!, ó azar! Ela era pessimista. Porém tudo que a hiena dizia que podia dar errado, dava. Ela era pessimista mas ela acertava.
Por isso que eu quero dizer a vocês que o pessimismo pode ter alguns valores, ele nos dá uma mostra dos riscos. É importante ter um pessimista na equipe, mas no máximo um. Um apenas, é o que uma equipe tolera. Quando alguém chega e diz ‘nós vamos dobrar o capital, dobrar o número de clientes, nós estaremos em mais 30 países até o ano que vem’ o pessimista diz ‘calma, não é tão fácil’. Então o pessimista é importante para levantar problemas.
Mas agora eu vou mostrar uma imagem daquilo que acredito. No barco está a hiena pessimista dizendo o lógico, ‘o continente está longe a desidratação é certa, há tubarões, essa vela é ridícula, esse remo não vai levar a nada’… ela tem razão, a hiena tem razão, mas observem uma coisa, o pessimista faz um bom quadro dos problemas.[…] Sim, os pessimistas são bons para levantar os riscos, mas os pessimista são péssimos para resolver os problemas.
Para eu resolver um problema, para eu resolver qualquer coisa, eu preciso de um otimismo obsessivo. Se eu não for otimista, gente, eu jamais teria casado, as estatísticas me contrariam, casamento é submarino pode flutuar, mas foi feito para afundar. Se eu não fosse tomado de um otimismo obsessivo e doentio eu não teria filhos, porque é um investimento de retorno muito ruim.
Filhos nunca amortizam o que você investe neles, com filhos você nunca chega ao topo, pelo contrário, você vai investir centenas de milhares de reais e vai ouvir a frase ‘eu te odeio’. Filho não vale a pena, casar não vale a pena, porém se nossos pais não tivessem tido esse otimismo obsessivo nenhum de nós estaria aqui hoje.
Então mais uma vez um conselho forte: ouçam os pessimistas (para pessimista não vale a mãe, a mãe é sempre otimista, ouça o cunhado, cunhado é bom pra isso) vejam o que eles têm a dizer, agradeçam, e enquanto eles falam tenha aquela reação bovina ‘huuuummm’. Ouçam, depois agradeçam, e comecem a trabalhar com o otimismo total, é só assim que se cresce, é só assim que se consegue alguma coisa”.
Transcrição feita pelo Portal Raízes de um trecho da palestra O que é vida plena? – do professor Leandro Karnal.
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