Você já considerou qual é a influência das memórias para a percepção de seu momento presente? O filósofo alemão Arthur Schopenhauer afirmou que as memórias têm o poder de moldar as experiências. Isso significa que, assim como lembranças negativas podem gerar traumas, lembranças positivas podem influenciar na sensação de felicidade. Relembrar bons momentos pode ajudar a passar por fases complicadas da vida pela simples conexão com os sentimentos daquele instante.
Há contudo, um encargo: o perigo de se ficar preso ao passado e não avançar sobre perspectivas de bem-estar do presente e do futuro. Sobre isso, o mestre Rubem Alves nos propõe a seguinte reflexão: “Se você amou muito um lugar, não faça a besteira de visitá-lo. Porque você vai pensando que encontrará o tempo, mas o tempo não está mais lá. É melhor você ficar com a imagem na sua cabeça: ‘eu não pertenço a este lugar, esse lugar não me pertence mais'”.
Rubem Alves sugere que não devemos visitar o lugar onde fomos felizes, por que, segundo ele, a felicidade não está naquele lugar, mas sim, no tempo que não existe mais. O mestre sugere que a felicidade deve ser construída no presente, pois ele é tudo que temos de verdade. As lembranças felizes são importantes para nos livrar da desesperança momentânea, mas permanecer nesse lugar não é saudável.
Cada instante de vida que passou, que se transformou em lembranças boas ou ruins, fizeram de nós quem somos. Sigamos pois, adiante! Positivando as experiências vividas com alegria e gratidão. E buscando sempre olhar adiante com esperança e amor pela vida que acontece agora.
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