O esforço cognitivo é descrito como aversivo, e as pessoas geralmente o evitam tanto quanto puderem. Acredita-se que essa aversão ao esforço decorra de uma análise de custo-benefício das ações disponíveis: ou seja, preferimos remediar do que prevenir, pois a busca pela satisfação imediata parece mais lucrativo do que abrir mão em detrimento do esforço de pensar melhor sobre o assunto. Um estudo publicado, em 11/2020, no periódico científico eLife, constatou que, quando diante de uma situação em que é possível escolher entre sentir dor física ou pensar demais, surpreendentemente muitas pessoas preferem a primeira alternativa.
Embora se saiba que o esforço mental pode ser bastante cansativo e visto até mesmo como aversivo, a equipe de especialistas canadenses queria descobrir até que ponto os seres humanos podem ir a fim de evitá-lo. Por esse motivo, foi inserido nos testes um novo elemento em relação a experimentos realizados anteriormente: a dor física.
Primeiramente, os pesquisadores avaliaram o nível de tolerância dos participantes à dor, por meio de um aparelho que esquenta até uma temperatura predefinida e se resfria rapidamente, de modo a não machucar a pele. Nessa etapa, todos tiveram de indicar sua percepção quanto a diferentes temperaturas, em uma escala de 0 (nenhuma dor) a 100 (dor bastante intensa). Na sequência,foram oferecidas aos participantes opções entre realizar uma tarefa cognitivamente exigente ou sentir dor térmica. Descobriu-se que o esforço cognitivo pode ser trocado por dor física e que as pessoas geralmente evitam exercer altos níveis de esforço cognitivo.
Ora, somos seres instintivos com capacidade cognitiva para decidirmos se agiremos institintivamente ou faremos escolhas racionais que incluam pensar bastante sobre as consequências do ato que estamos prestes a realizar. Esse tipo de estudo mostra que muitos não têm inteligência emocional prática no momento de tomada de decisões, sejam importantes ou triviais. Isto pode ser um sinal de que nossas emoções, pensamentos e sentimentos não estão sendo validados, verbalizados, respeitados, escutados. O que pode ser algo que veio desde à infância até a vida adulta. Assim, vale ressaltar a importância de se discutir a nossa saúde mental e emocional e claro, de procurarmos ajuda especializada para aprendermos a desenvolver a nossa inteligência emocional.
Da redação de Portal Raízes
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