“Não existe a família perfeita, mas não é preciso ter medo da imperfeição, da fragilidade, nem mesmo dos conflitos; preciso é aprender a enfrentá-los de forma construtiva.
Por isso, a família onde as pessoas, apesar das próprias limitações e pecados, se amam, se tornam uma escola de perdão. O perdão é uma dinâmica de comunicação. Se a comunicação se definha e se quebra, por meio do arrependimento expresso e acolhido, é possível reatá-la e fazê-la crescer.
O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas. Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração. Quem não perdoa não tem paz na alma, nem comunhão com Deus.
A mágoa é um veneno que intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. É autofagia. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente.
É verdade que não existe família perfeita, não há marido perfeito, pais perfeitos, ou filhos perfeitos e, não se zanguem, as sogras não são perfeitas. Mas isso não impede que cada um dos membros de uma família, possa traze uma resposta para a dúvidas de amanhã.
E porque não somos perfeitos é que precisamos praticar o perdão. Não existe família saudável sem o exercício do perdão. Deus incentiva-nos ao amor, e quem ama sempre se compromete com o cuidado às pessoas. Portanto, cuidemos das nossas famílias, verdadeiras escolas do amanhã”.
Mensagem do papa Francisco às famílias, durante uma visita a Cuba, em 22 de setembro de 2015.