“Estou elaborando um programa mundial para desenvolver a paz, trabalhar a pacificação, estimular a interiorização e a reflexão de todos os povos e cultura. Um dos mandamentos da paz é que nós devemos pensar como humanidade e não como grupo social. Se analisarmos de maneira profunda, os bastidores da mente humana, vamos entender que não há brancos e negros de fato, não há ricos e pobres, intelectuais e iletrados, reis e súditos, há seres humanos.
Não há heterossexuais e homossexuais, há seres humanos. Todos nós somos um mundo a ser explorado. Por exemplo: entre os homossexuais e heterossexuais é muito importante entendermos que no máximo 5% do nosso tempo, pode ser um momento sexual e nos outros 95% do nosso tempo, somos pessoas, seres humanos que precisam trabalhar os seus sonhos, realizar os seus projetos, serem amadas, respeitadas, abrir o leque de nossa mente para desenvolver a criatividade, estimular as ideias, para darmos respostas inteligentes nas situações estressantes, construir pontes para estabelecer, amizades profundas, para contribuir com o outro.
Portanto, por favor, não discrimine ninguém. Há um mundo a ser explorado dentro de cada ser humano ao nosso redor. Devemos pensar como humanidade. Não discrimine alguém por gênero, por cor, por condição sexual, por condição cultural, por condição religiosa: se é católico, budista, protestante, islamita… não discrimine. Não discrimine se é um ateu, se é um religioso. Não discrimine por sua condição socioeconômica.
No fundo, todos nós, somos viajantes que andam no traçado do tempo, em busca do mais importante endereço, o endereço dentro de nós mesmos. Mas infelizmente, na minha opinião, a espécie humana está doente, as sociedades estão doentes, formando pessoas doentes para um sistema doente.
Porque cada vez mais somos um cartão de crédito, um número de identidade, supervalorizamos raça, cultura, condição socioeconômica e, como disse, até a sexualidade, e não valorizamos a essência intrínseca do homo sapiens. Uma pessoa madura, inteligente, se faz pequena para tornar os pequenos grandes. Abraça mais e exclui muito menos, aposta mais naqueles que o decepciona para que eles possam brilhar ao longo do traçado da sua própria história. Bem vindos à educação para a paz. Os fortes pensam como humanidade. Os frágeis pensam apenas como o seu grupo social”. Augusto Cury
Augusto Cury, o famoso psiquiatra que tem livros publicados em mais de 70 países e dá palestras para multidões no Brasil e no exterior, lançou recentemente uma versão para crianças e adolescentes do seu best-seller Ansiedade –Como Enfrentar o Mal do Século. O texto acima foi uma transcrição de uma fala sua acerca da importância de promovermos uma educação para a paz. Assista no vídeo abaixo.
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