Um pouco de tristeza é normal. Afinal de contas nem só de boas notícias e boas vibrações vivemos. Mas existe uma tristeza anormal, sem motivos aparentes, uma falta de sentido para tudo, uma melancolia recorrente. Esta precisa ser combatida. E é possível que ela esteja acontecendo por deficiência de vitamina D. A deficiência de vitamina D é um dos fatores que causam o desequilíbrio na psique humana, e entrar em contato com o Sol, nem que seja por alguns minutos por dia, pode ajudar a resolver.
Você sabia que se expor, na medida certa, à luz solar aumenta profundamente a produção de serotonina, uma substância química do cérebro que é um potente ativador do bom humor e da felicidade? A pesquisa mais notável sobre esse assunto foi conduzida pelo *Dr. Gavin Lambert e seus colegas na Austrália. Eles mediram os níveis de serotonina em resposta a diferentes graus exposição ao Sol.
Para fazer isso, eles coletaram amostras de sangue das veias jugulares internas de 101 homens e compararam a concentração de serotonina no sangue com as condições climáticas e as estações do ano. Os resultados foram perceptíveis: homens que foram medidos em um dia muito claro produziram oito vezes mais serotonina do que aqueles que foram medidos em um dia nublado e cinzento. Eles também observaram que o efeito da luz emitida pelo Sol era imediato. Os níveis de serotonina também foram sete vezes mais altos no verão do que no inverno.
Como o Sol influencia?
A falta de exposição ao sol em alguns países nórdicos é uma das principais causas de depressão da sua população, na medida em que durante vários invernos são prescritas doses de três meses de vitamina D para combater os efeitos físicos causados pela ausência do Sol.
A deficiência de vitamina D também apresenta sintomas que podem incluir dores musculares ósseas, comprometimento cognitivo em idosos, um risco de asma grave em crianças e infecções respiratórias e estomacais debilitantes.
Só posso obter vitamina D com o Sol?
A deficiência de vitamina D não pode ser combatida com os alimentos, pois eles não contribuem com as quantidades necessárias para equilibrar nosso sistema. Portanto, ele só pode ser tratado com a ingestão em sua versão sintética. A vitamina D é muito difícil de obter através dos alimentos, pois é encontrada apenas em peixes gordurosos, alguns fungos e na soja orgânica. No entanto, a maneira mais eficaz é, sem dúvida, através de ficar em exposição ao Sol, uma vez que é produzido fotoquimicamente na pele a partir do 7-desidrocolesterol.
Alguns dos benefícios do Sol contra a depressão.
A exposição de todo o corpo ao Sol por meia hora pode nos ajudar a produzir entre 10.000 e 20.000 unidades de vitamina D, devido a uma reação com raios ultravioleta.
A melhor maneira de obter os benefícios do Sol, além de combater a depressão, é sair para o parque, fazer pequenas caminhadas, ler ou realizar qualquer tipo de atividade que permita receber os raios do Sol por um tempo e, assim, evitar uma deficiência de vitamina D. Além desse tipo de atividades, isso também ajuda você a se distrair de pensamentos tristes enquanto recebe uma dose de felicidade solar.
Portanto, sempre que puder, fique exposto ao Sol. Nem precisa expor o corpo inteiro. Claro, não importa a temperatura ou a hora do dia, use sempre filtro solar.
Mas e os medicamentos?
Não podemos descartar a possibilidade da medicação. Entretanto há uma grande diferença entre medicação e medicalização. Medicalização é quando um paciente é diagnosticado por uma patologia crônica, como a esquizofrenia, por exemplo. Já a medicação é usado por um determinado momento em que que as crises de ansiedade, pânico, bipolaridade e/ou depressão recorrente concomitante com insônia, pesadelos e automutilação, ocorrem com grande frequência. Mas somente um especialista em saúde mental, o psiquiatra, poderá receitar um antidepressivo, quando considerar que os níveis de serotonina(hormônio da felicidade) não estão sendo produzidos de modo natural.
A Food and Drug Administration (FDA) afirma que é muito importante compreender e aceitar que os antidepressivos são drogas que possuem efeitos colaterais alarmantes e viciantes, e só devem ser usados em casos graves de transtornos mentais, psicóticos. Ela produziu ainda uma lista sobre os riscos que esses mesmos medicamentos podem causar:
- Os antidepressivos aumentam o risco de pensamentos e comportamentos suicidas em crianças e adolescentes com TDM (transtorno depressivo maior) e outros transtornos psiquiátricos.
- O uso prolongado de antidepressivos causa dependência química e o processo de ‘desmame’ da medicação pode ser bastante doloroso.
- Os antidepressivos afetam o funcionamento de vários órgãos como: intestino, aparelho digestivo, rins, fígado, esôfago, ossos, nervos…
- Os antidepressivos causam inapetência sexual.
- Qualquer pessoa que considere o uso de um antidepressivo em uma criança ou adolescente deve equilibrar o risco de aumento do suicídio.
- Os pacientes que iniciam o tratamento porque foi considerado uma piora clínica com risco iminente de suicídio ou alterações incomuns no comportamento devem ser observados de perto.
- As famílias devem ser aconselhadas a observar atentamente o paciente e entrar em contato com o médico ao notar qualquer sinal de piora dos sintomas.
* O professor Lambert é o diretor do Iverson Health Innovation Research Institute. Ele é membro da American Heart Association (FAHA) e da International Society of Hypertension (ISHF), e foi chefe do Laboratório de Neurotransmissores Humanos do Baker Heart & Diabetes Institute.
Artigo organizado por Portal Raízes – Fontes pesquisadas: NATION; Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5; Medicalização: uma crítica pertinente; A medicalização da vida – MS
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