É claro que você já teve ter ouvido o conselho: “seja você mesmo”. Isso, por si só, já seria bem difícil neste mundo excludente, mas também não basta apenas ser quem somos, precisamos ser bons em sermos quem somos. Ser quem somos é a chave principal para uma vida livre, feliz e sem a obrigação de agradar todo mundo. Mas como fazer isso? A maneira mais assertiva é por meio da busca pelo autoconhecimento.
Caroline McHugh, palestrante, fundadora da IDology, escritora, especializada em desenvolver a individualidade e o autoconhecimento, em uma palestra na TEDx, afirmou que a nossa missão essencial na vida é sermos boas em sermos quem realmente somos. Caroline explicou que existem 4 tipos de imagens sobre nós mesmas que precisamos conhecer a fim de termos coragem de expor a nossa livre e escolhida identidade.
Destacamos alguns excertos de sua fala. Mas você pode assistir a palestra na íntegra, no final do texto.
“São grandes as chances de vocês terem se olhando ao menos uma vez no espelho hoje. […] Mas o que você não sabia é que o rosto que olhou de volta para você, não é o rosto que todos os outros veem. É meio que invertido, distorcido, uma imagem de trás para a frente.
Há alguns anos, eu estava em voo para Nova Iorque, e li um artigo no Financial Times, sobre o fenômeno chamado Espelho Verdadeiro.[…] O Espelho Verdadeiro foi inventado por dois irmãos em Nova Iorque, chamados John e Catherine Walters. Esse espelho mostra a sua imagem exatamente como as pessoas te veem, e não como você vê a si mesmo em um espelho convencional”.
Complexos de superioridade ou de inferioridade
Ao pensar em quem realmente somos, podem surgir dois tipos de complexos: o de superioridade ou o de inferioridade. Caroline afirma que ambos são sinais de ego frágil. Um é sobre uma ilusão de grandeza e outro sobre uma ilusão de inferioridade. É nesse ponto que ela cria o chamado “complexo de interioridade”, ou simplesmente o “complexo do eu”.
“Quando você descobre como ser você mesma, é incrivelmente libertador. Você não desenvolve uma identidade baseada em uma personalidade feita de remendos. Você não é um composto, um amálgama, de todas as suas experiências e influências. Você não é só o chefe ou mãe de alguém, ou nada de ninguém. Você é você mesma”.
O seu trabalho nesta vida é conseguir ser boa em ser quem você é
Para que isto aconteça, é importante que você descubra os 4 tipos de imagens sobre você mesma. E só assim conseguirá estabelecer ferramentas psíquicas para usar no desenvolvimento e prática em ‘ser boa em ser quem você é’.
Confira os 4 tipos de imagens sobre você:
1. O que os outros pensam de você: A primeira imagem de você tem a ver com a percepção, e significa o que os outros pensam de você. Essa imagem está muito ligada à necessidade de aprovação e ao que você quer que as pessoas enxerguem em você. Caroline afirma que, geralmente, a necessidade de aprovação é mais presente nas mulheres do que nos homens e, de acordo com ela, essa é uma das piores coisas que você pode fazer no caminho para ser você mesmo.
2. Quem você deseja ser: A segunda imagem de você é sobre quem você deseja ser. Tem a ver com possibilidade e suposição. Essa imagem é que faz você estar sempre em um processo de melhoria, buscando ser a sua melhor versão. É a partir da imagem de quem você deseja ser que você se livra da necessidade de agradar às outras pessoas e consegue avançar na busca de ser você mesmo.
3. O que você pensa sobre você: A terceira imagem significa o que você pensa sobre você. Nesse caso podem existir dois extremos: a autocongratulação e a autopunição. A autocongratulação acontece em dias que tudo dá certo, você consegue desempenhar bem as suas tarefas e se sente feliz com isso. Já a autopunição ocorre em dias que parece que tudo dá errado e você se sente incapaz. O desafio é desenvolver uma personalidade que seja impermeável a essas situações, baseada na autoconfiança e na humildade.
4. O verdadeiro você: A última imagem é sobre o verdadeiro você. É quem você é de verdade. Caroline exemplifica essa imagem contando um exemplo de Gandhi. Certa vez, uma jornalista o questionou dizendo se ele poderia deixar uma mensagem para o mundo. E a resposta dele foi a seguinte: “Minha vida. Minha vida é uma mensagem.” Caroline finaliza dizendo que: “A sua vida é a sua mensagem, e ela não precisa ser tão grande quanto a mensagem de Gandhi, mas a sua vida tem que ser a mensagem que ficará na Terra. Porque você não é o que você tem. Você não é o que você faz. Você não é quem você ama, ou quem ama você. Você é sua mensagem”.
Você pode assistir a palestra na TEDx na íntegra: