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Vamos sair do nosso corpo, nosso casulo de proteção e romper as couraças dos nossos medos ? Vamos fazer uma viagem pela percepção de que nossas emoções não são corpóreas? Vamos embarcar na aceitação de que, uma vez não sendo corpóreas, nossas emoções pertencem a nossa recepção mental e sendo assim, controláveis?
Quando adquirimos a percepção consciente de nossas próprias emoções, passamos a desenvolver antenas que, como tentáculos percebem tudo a nossa volta, acima e abaixo de nós. A mente desperta torna-se hábil e começamos a prestar atenção ao detalhe e direcionamos a mente para esta prática. Começamos a ter clareza na mente.
Ao falar consciente, não apenas da boca para fora, nem só da cabeça, mas com a mente e o corpo unidos e plenamente presentes, nossa realidade modifica. Cada emoção carrega consigo um amontoado de outros pensamentos,  sentimentos e disposições do nosso humor. Nosso ser se expande e contrai, alegra-se ou entristece-se na percepção da nossa atitude e do comportamento do outro e do meio ambiente.

‘As emoções fortes, sempre trazem embutidos o medo e o controle’

A posse sempre está presente. Mas quando olhamos diretamente para nossa emoção, vemos que ela é passageira e incorpórea e que nossa única permanência é a tentativa de segurar-se nela. Ao nos darmos conta consciente, começamos a abandonar o medo e a sentir a energia da emoção como ela verdadeiramente é.
Ao nos tornarmos mais conscientes do ambiente interno de nossas emoções, não as misturamos com as do mundo externo. Nossas reações emocionais não se confundem com as pessoas e antigos ressentimentos ou associações de ideias relacionados aos atos passados e situação atual, se tornam reais.
Passamos a estar abertos ao que as pessoas têm a falar, independente das interações anteriores, sem preconceitos. Deixamos de ter e de tirar conclusões apressadas a respeito das pessoas e passamos a olhar e sentir o que elas sentem e vemos o que elas estão passando.
A percepção consciente ajuda-nos a estabelecer a diferença entre palavras autênticas e as não autênticas, neste momento, começamos a não ouvir somente as palavras pronunciadas, mas passamos a sentir o significado e o sentimento existente atrás dessas palavras.
O senso de humor natural se desenvolve, quando deixamos nossa consciência livre das amarras que a colocamos e permitimos a espontaneidade da liberdade e a graça do riso se aflorar. O bom humor apareceu. Eis que então, uma nova energia surge. 





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