“A população detesta o político que faz desvio de verbas. Onde esse comportamento dele começou? O comportamento errado que se detesta no adulto começou na infância. Dentro de sua casa. Por exemplo, suponhamos que esse político, quando criança (cerca de seis anos de idade), certa vez utilizou o dinheiro, lhe dado por seus pais para a compra de um lanche na escola, para comprar figurinhas em uma banca de jornal. Ao chegar em casa, os pais o ajudaram a colar as figurinhas no álbum, endossando esse desvio de verbas. Nesse caso, os pais deveriam, na semana posterior, não dar mais dinheiro ao filho para o lanche, fazendo-o levar, para a escola, lanches caseiros, então, na semana seguinte, eles poderiam voltar a dar-lhe dinheiro para o lanche. Se o filho aprender com essa consequência, ele continua ganhando dinheiro para o lanche, do contrário, a consequência deve ser aplicada novamente”.
“Os filhos devem aprender que não é errando que se aprende, é corrigindo o erro. Toda vez que, por exemplo, que uma mãe, ao ver que filho errou a sua tarefa, diz para ele que pode deixar que ela faz a tarefa, ela está tirando desse filho a grande oportunidade dele corrigir e aprender com o próprio erro. Esse filho não está recebendo uma educação sustentável, ou seja, uma educação onde o aprendiz tem a sua auto sustentabilidade em seu processo de ser e de estar no mundo como indivíduo autônomo. Uma educação sustentável é aquela em que os pais se preocupam com a gestão, tanto cognitiva, quanto no desenvolvimento psicossocial da criança, preparando-a para uma vida adulta saudável”.
Excertos extraídos de duas entrevistas com o mestre Içami Tiba. O primeiro é de “Como impor limites nos filhos” e o segundo é de “A educação dos filhos“.