“Antes de entregarmos uma droga – e certamente a ultrassonografia focada é considerada uma ótima maneira de potencialmente fornecer terapias para o cérebro – vale a pena e é importante determinar, bem, pode a FUS, o ultrassom focalizado, ser de qualquer benefício em potencial?” Dr. Lipsman diz. “É onde estamos agora”.
Sally McMillan, 63, de Oakville, Ontário, foi o primeiro paciente a passar por essa segunda fase do estudo. O procedimento, que ocorreu em 30 de janeiro, exigiu que ela ficasse quieta em um aparelho de ressonância magnética por cerca de quatro horas, mas McMillan diz que foi indolor.
McMillan, que foi diagnosticada com Alzheimer há três anos, diz que muitas vezes é confusa e esquecida, perde as coisas ou não consegue lembrar que dia é hoje. Ela se ofereceu para participar dos testes: “para ajudar a mim mesma e as pessoas no caminho”, disse ela e completou – “Se esse teste puder ajudar, é uma coisa boa. É isso que estamos esperando”.
No Brasil
Eduardo Mutarelli, neurologista do Hospital Sírio-Libanês, diz que é importante notar que a estimulação não fez com que os pacientes melhorassem, mas que o quadro parasse de progredir – resultado mais comum no tratamento da doença, que ainda não tem cura.
Ele faz outra ressalva: os pacientes que participaram do estudo utilizaram antidepressivos, o que pode ter participação na melhora cognitiva, mesmo que isso tenha sido negado pelos autores.
De toda forma, o resultado do estudo é positivo. “Com ele, nós temos chance de fazer mais pesquisas com estimulador, porque não houve reações adversas”, diz.
A Academia Brasileira de Neurologia já afirmou em nota que o tratamento é experimental, que os estudos realizados até hoje envolveram poucos pacientes e que não há dados consistentes sobre o acompanhamento desses voluntários a logo prazo.