Como não temos nenhum tipo de vacina ou medida preventiva para a doença de Alzheimer que afeta 50 milhões em todo o mundo e tem sido uma corrida para descobrir como melhor tratá-la.

Pesquisadores australianos desenvolveram uma tecnologia de ultrassom não invasiva que limpa o cérebro de placas amilóides neurotóxicas – estruturas responsáveis ​​pela perda de memória e pelo declínio da função cognitiva em pacientes com Alzheimer. 

Se uma pessoa tem a doença de Alzheimer, é geralmente o resultado de um acúmulo de dois tipos de lesões – placas amilóides e emaranhados neurofibrilares. As placas amilóides situam-se entre os neurônios e terminam como aglomerados densos de moléculas beta-amilóides, um tipo de proteína pegajosa que se aglomera e forma placas.

No Brasil, o médico Rodrigo Marmo, com 35 anos, um neurologista brasileiro, conseguiu com sucesso reverter a doença de Alzheimer num doente de 77 anos (a família pediu para não revelar o nome). O doente sofria há 2 anos com a doença e ainda estava numa fase moderada de Alzheimer.

No dia 11 de Dezembro de 2015 foi feita esta cirurgia de Implante de Estimulador Cerebral Profundo no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, na Paraíba. Mesmo antes do Natal os equipamentos foram ligados.
Rodrigo Marmo diz que – “na primeira semana o paciente apresentou resultados iniciais animadores”-  e ainda acrescentou -“15 dias após a cirurgia o paciente volta a se lembrar de caminhos, o vocabulário melhora e ele fica mais atento às conversas”.
Antes desta cirurgia, Implante de Estimulador Cerebral Profundo, ser utilizada em doentes de Alzheimer foi utilizada para outra doença, o Parkinson.
Em Toronto, no Canadá, onde o médico Rodrigo Marmo fez a sua especialização, já usaram esta técnica de forma experimental em 6 doentes de Alzheimer em 2008.

Nos EUA esta cirurgia já chamou a atenção e no total os dois países já fizeram a cirurgia em 42 doentes com sucesso. O médico brasileiro afirma “ela não é mais considerada experimental”. 

Ele explica o procedimento desta cirurgia, na qual se inspirou nos estudos experimentais que ocorreram em Toronto quando lá estava: “Um marca-passo cerebral é implantado no paciente. Eletrodos, conectados a uma bateria presa no peito, dão pequenas descargas elétricas no cérebro, que estimulam o circuito da memória”. Passados 11 ou 15 dias depois da cirurgia ligam o equipamento e só aí começam a aparecer os resultados.

Ainda que o procedimento seja revolucionário e importante, rendeu alguns entraves da justiça. Por isso é importante assistir a entrevista com neurocirurgião Rodrigo Marmo onde ele fala sobre a cirurgia para frear a evolução do Alzheimer. Assista a entrevista aqui.






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