Psicologia e Comportamento

Sou aquela mulher completa que não precisa de cara metade, deseja outra pessoa também inteira

Não sou uma fruta, sou uma pessoa, tenho tudo que preciso para me sentir completa e para viver uma vida plena. A minha felicidade depende de mim mesmo, não de outra pessoa. Não sou uma metade da laranja em busca de outra. Não acredito em conto de fadas, nem acredito em príncipes encantados e princesas; acredito em mim e nas minhas possibilidades de me fazer feliz.

A falsa crença da metade da laranja ou da alma gêmea: Idealizar uma pessoa com pensamentos como “somos feitos um para o outro” faz muito mal aos casais com o passar do tempo, pois assim que surgem as dificuldades percebe-se que, na verdade, a afirmação de serem feitos um para o outro não é tão real, causando insatisfação e frustração.

Os casais não são perfeitos; inevitavelmente surgirão problemas com o tempo. Às vezes, os problemas têm a sua origem em diferenças de idade, de educação, de cultura e inclusive de religião, mas é preciso aceitar a outra pessoa como ela é, de modo que as diferenças não sejam para discutir e sim para aprender.

O grande erro que se esconde por trás do mito da metade da laranja é o de considerar que somos seres incompletos, e que só podemos alcançar a plenitude encontrando o verdadeiro amor, que será o que nos permitirá alcançar a felicidade. Mas fazer toda a nossa felicidade depender de um relacionamento amoroso é um grande erro, e acabará impedindo a pessoa de ser feliz.

As pessoas que são felizes, o são independentemente de terem um companheiro ou não. Todos somos pessoas completas, não nos falta um pedaço, nem uma metade para podermos alcançar o que quisermos.

De fato, o sucesso de um relacionamento está em que as duas pessoas sejam completas, independentes e felizes. Sem dúvida é muito melhor o amor entre duas laranjas, duas maçãs, dois morangos do que entre duas metades. Trata-se de compartilhar a vida, o bom e o ruim, e de desfrutar da outra pessoa com suas virtudes e defeitos.

Você não é uma metade da laranja, goste de si mesmo

Gostar de si mesmo é um assunto pendente para muitas pessoas. Mas trata-se de algo fundamental. A seguir você verá algumas dicas para gostar mais de si mesmo:

Valorize as suas qualidades

Diversas vezes nos torturamos vendo o que fazemos de errado e nos sentindo culpados por isso, mas é preciso deixar de lado as coisas ruins e apreciar a grande quantidade de qualidades que temos. Pense no que você faz bem e faça uma lista para olhá-la todos os dias e se lembrar de quão maravilhoso você é.

Não busque a aprovação dos outros

Ao longo da vida muitas pessoas procuram influenciar o que fazemos e as decisões que tomamos. Mas é necessário deixar de tentar agradar a todo mundo, porque isso é impossível.

Às vezes é preciso colocar um limite aos outros para que não influenciem nossos sentimentos. Sentir-se bem não requer a aprovação das outras pessoas, sejam amigos, familiares ou companheiro. A única aprovação que você precisa buscar é a sua.

Não se compare.

Somos seres únicos, diferentes uns dos outros, e a comparação só produz infelicidade. Você é único, possui fragilidades, defeitos, qualidades e forças que ninguém possui. A sua cultura, a sua educação, as suas experiências formam uma combinação única que faz você completamente diferente dos outros.

Aprenda a dizer o que você pensa.

Calamos as nossas opiniões por medo “do que vão dizer” ou das reações dos outros, mas a sua opinião é valiosa e precisa ser expressada.

Só é preciso ser respeitoso e falar com assertividade, de modo que os outros nos escutem sem que os ofendamos. Às vezes as suas ideias serão diferentes, mas isso não significa que não devam ser expressadas.

Texto publicado originalmente em A Mente é Maravilhosa

Portal Raízes

As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.

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