A vida é um caminho, ao longo do qual encontramos muitas pessoas. Com alguns, estabeleceremos relacionamentos mais próximos com base em laços emocionais profundos. Porém, as experiências vividas e a passagem do tempo podem fragilizar esses vínculos, a ponto de a relação perder o sentido.
Nesses casos, não há por que temer perder pessoas com as quais praticamente não temos mais pontos em comum, pessoas que deixaram de nos ouvir embora nos ouçam e deixaram de nos completar emocionalmente. Na verdade, nesses casos, o que nos apegamos é a memória, não a pessoa em si, uma vez que não há mais pontos de contato, não há perspectiva de futuro, nem vínculo afetivo satisfatório.
Às vezes, resistimos a quebrar esse vínculo simplesmente porque não queremos aceitar que mudamos, ou que outra pessoa mudou, a ponto de não haver mais nada para nos unir. Porém, dentro de nós podemos perceber a baixa qualidade desse vínculo, o vazio emocional que permanece porque a atenção e o carinho não existem mais.
Claro, essas situações não são fáceis de presumir, porque geralmente há uma história em comum. Mas a verdade é que o passado não é uma razão imperiosa para ficarmos amarrados a pessoas que deixaram de nos valorizar e que não se sentem mais felizes por nos ter ao seu lado.
É claro que, antes de ousarmos cortar os laços, passamos por um processo em que muitas vezes nos sentimos culpados pelas pessoas que deixamos para trás. Na verdade, não devemos culpar ninguém. O mais construtivo é deixar ir e valorizar os bons momentos compartilhados.
A vida está em constante movimento, os relacionamentos também fluem e mudam. No entanto, se você olhar muito para trás, concentrando-se nas portas que foram fechadas, não será capaz de ver as portas que estão se abrindo à sua frente.
Texto de Jennifer Delgado, via Rincón de la Psicología, traduzido e adaptado por Portal Raízes. Leia o texto completo clicando aqui.