A cardiologista Ludhmila Hajjar(capa)declarou que atualmente as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) estão lotadas de pacientes não vacinados contra a covid-19 e alertou para os danos da doença entre profissionais da saúde.
Ao jornal O Globo, Hajjar classificou como “brutal” a diferença no impacto da contaminação pela variante ômicron entre vacinados e aqueles não imunizados ou que não completaram o ciclo de imunização — vacinados “dificilmente” desenvolvem casos graves da doença.
Teremos recorde de casos diários nas próximas semanas
O infectologista Renato Kfouri, que é presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), disse hoje, em entrevista ao UOL News, que o Brasil deverá ter recorde de casos diários de covid-19 nas próximas semanas em razão da variante ômicron. Apenas ontem, o mundo registrou um novo recorde de casos de covid-19 em 24 horas, com mais de 3 milhões de infecções.
“A gente nunca viu um momento da pandemia de covid com tantos casos. O mundo está batendo recordes, e já, já nós vamos bater todos os recordes de números e registros de casos diários. Nós nunca vamos ter na pandemia, um número de casos tão grande como teremos nas próximas semanas”, declarou.
Kfouri explicou que mesmo que uma porcentagem menor de pessoas seja internada em comparação ao número de casos, muita gente ainda irá morrer pelo novo coronavírus.
“A receita a gente já sabe: distância, máscara, lavagem de mãos, vacina, esquema completo, duas doses, ampliar a base de vacinados, vacinar as crianças, que são hoje as não vacinadas da nossa população”.
“Vamos vacinar as crianças, completar o esquema vacinal de todos”
O presidente da SBIm ainda reforçou o pedido para que os pais levem os seus filhos pequenos para serem vacinados contra o vírus e incentivou que as pessoas aptas a serem imunizadas também se encaminhem aos postos de saúde.
“Não temam, não confiem, não acreditem nessas fake news de antivacinas que não querem o bem de seus filhos. Vamos vacinar as crianças, completar o esquema vacinal de todos e reforçar aqueles que perdem a proteção. Esse parece ser o enredo melhor para enfrentar essa onda de ômicron”, concluiu.