“A moça me deu o valor, peguei meu cartão para pagar e ela disse: ‘Preciso ver tua bolsa’. Eu falei: ‘Sério?’”. desabafou Edgar Oliveira, indignado com a situação, acompanhado de sua esposa. “Eu perguntei para ela: ‘Você tem alguma dúvida se coloquei algo dentro?’. Fiquei sem ação. Me faltou o chão”, desabafou Letícia Oliveira, esposa de Edgar ao G1.
O casal fazia compras em uma unidade do supermercado Extra, no bairro do Campo Belo, zona sul de São Paulo, e foi obrigado pela caixa a esvaziar a bolsa para ser revistada. A esposa afirmou que só abriria a bolsa com a presença da polícia. Quando a polícia chegou ao local, Edgar virou a bolsa no carrinho e, dentro, havia uma carteira, uma bolsa de remédios e uma Bíblia.
Um vídeo gravado pelo casal mostra a polícia tentando minimizar a situação. “Não é nada fora do normal. Você está dentro de um estabelecimento comercial”, justificou o PM.
No entanto, para o casal, não tinha nada de normal ali. “Eu perguntei para o gerente com quantas pessoas eles fizeram aquilo naquele dia”, disse Letícia.
Cenas como essa que acabamos de ver ainda é muito comum no Brasil, infelizmente. Uma forma de conter o avanço do racismo no Brasil é sempre denunciar o agressor. Afinal, racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89.
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