Luiza Brunet decidiu revelar em entrevista exclusiva ao colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, que registrou queixa contra o ex-namorado, o empresário Lírio Parisotto, no Ministério Público de São Paulo. A modelo acusa o ex de violência doméstica.
Para o jornal carioca, Luiza afirma que foi espancada no apartamento dele em Nova York, nos Estados Unidos, na madrugada do dia 21 de maio. Ela conta que embarcou escondida para o Brasil no dia seguinte, fez exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico-Legal) e entregou o laudo às autoridades.
De acordo com Luiza, o namorado se exaltou durante um jantar com amigos em um restaurante. Ele se recusava a visitar uma exposição de fotos, porque em outra ocasião tinha sido confundido com o ex-marido de Brunet, Armando Fernandes.
Quando voltaram ao apartamento, Luiza diz que foi ofendida pelo companheiro de 5 anos e, em seguida, atacada com um soco no olho seguido de chutes. Como resultado da violência sofrida, a ex-modelo quebrou quatro costelas.
Para se livrar das agressões, Luiza diz que gritou, se trancou no quarto e só deixou o local no dia seguinte, após ter certeza que ele não estava em casa.
“É doloroso aos 54 anos ter que me expor dessa maneira. Mas eu criei coragem, perdi o medo e a vergonha por causa da situação que nós, mulheres, vivemos no Brasil. É um desrespeito em relação à gente. O que mais nos inibe é a vergonha. Há mulheres com necessidade de ficar ao lado de agressor por questões econômicas, porque está acostumada ou mesmo por achar que a relação vai melhorar”, desabafou Luiza na entrevista.
A cada 7 minutos, uma denúncia de violência contra a mulher é registrada no Brasil. Ao todo, nos 10 primeiros meses de 2015, mais de 63 mil denúncias foram feitas, segundo dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Desses, 85,85% são casos de violência doméstica.
Para reconhecer estar sendo vítima de violência dentro de casa, é preciso entender que essa violência não se dá apenas por agressões físicas. Qualquer comportamento do parceiro que seja ofensivo, que te humilhe ou cause sofrimento psicológico, já é uma forma de violência. Essa opressão tem início em pequenos atos, que podem se transformar, de fato, em uma agressão. Uma simples cena de ciúme, um xingamento, um empurrão, pode “evoluir” e chegar à tentativa de homicídio. Por isso é importante ficar atenta e, a qualquer menor sinal de que esse relacionamento poderá se tornar violento, procurar ajuda e se afastar.
Antes de qualquer atitude após um caso de violência doméstica, busque abrigo longe do agressor. Em seguida, ligue para 180, que é o número da central de atendimento à mulher da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Se preferir, vá à delegacia de defesa da mulher mais próxima de você. Lá você poderá ser encaminhada para fazer exames necessários ou receber acompanhamento jurídico.
Ao registrar o Boletim de Ocorrência em uma delegacia, a mulher pode entrar com uma medida protetiva sob a Lei Maria da Penha que obriga o agressor a se manter longe dela. Caso faça isso, a Polícia Militar acompanha o caso e a mulher, que estará sob medida protetiva, para fazer com que a ordem tenha efeito de fato. Caso o agressor viole a ordem judicial, será preciso fazer um novo Boletim de Ocorrência, que poderá resultar na prisão dele. (Fonte)
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