Certa vez li a seguinte frase: “a mãe perfeita não chora, não se desespera, não perde a cabeça e, acima de tudo, não existe”. Ás vezes exigimos muito de nós mesmas, porque queremos ser que a mãe perfeita. Como resultado, acabamos exausta, física e mentalmente, por isso não é surpresa alguma de algumas de nós acabarmos sofrendo a síndrome de burnout.
Síndrome de Burnout é uma resposta negativa do corpo, quando este foi submetido a um estresse prolongado e intenso, tanto física como emocionalmente. Não importa a profissão, o estresse faz parte do dia a dia num mundo cada vez mais competitivo.
A Síndrome de Burnout é uma das consequências deste ritmo atual: um estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho desgastantes. O próprio termo “burnout” demonstra que esse desgaste danifica aspectos físicos e psicológicos da pessoa. Afinal, traduzindo do inglês, “burn” quer dizer “queima” e “out” significa “exterior”.
Foi descrita pela primeira vez no final dos anos 1960 para se referir desgaste sofrido por policiais liberdade condicional. Atualmente, as mulheres têm sido as maiores vítimas. Em especial, as mães que fazem tripla jornada de trabalho.
O principal problema é que a síndrome de burnout provoca uma série de sintomas que são facilmente confundidos com outras doenças. Provoca sintomas psicossomáticos como dores de cabeça recorrentes, insônia, fadiga severa e dificuldades gastrointestinais. Ele também é acompanhado com alguns sintomas emocionais, como ansiedade, depressão, irritabilidade e distanciamento emocional.
Além disso, as pessoas com síndrome de burnout sentem-se oprimidas e cansadas. Experimentam sentimentos intensos de desamparo e desespero. Em última análise, se este problema não for tratado, a pessoa pode sofrer de anedonia; ou seja, você perde a capacidade de sentir prazer.
Ser mãe é um trabalho em tempo integral, 24 horas por dia, 365 dias por ano. A isto se acrescenta que muitas mulheres também trabalham e realizar a maior parte das tarefas domésticas. Trazer tudo em ordem e limpo é uma das missões que essas mulheres se impõem, mas quando essa ordem e limpeza sai de seu controle, elas criam em si um intenso sentimento de frustração e impotência que as faz questionar o sentido e o valor do que elas estão fazendo na vida. O que causa sofrimento psíquico e desinteresse pela vida.
Este problema ganhou ainda mais força nos últimos tempos, como muitas mulheres também sentem a necessidade de ser mães perfeitas acompanhar os seus filhos para atividades extracurriculares e evitar todos os tipos de problemas. Este estilo de parentalidade, chamado hiper, acelera ainda mais exaustão e aumenta o estresse. Temos observados que as mães superprotetoras estão em maior risco de desenvolver distúrbios emocionais, como fibromialgia, depressão e a Síndrome do Pensamento Acerelado. Bem como, transtornos mentais do tipo, síndrome do pânico e distúrbio da desrealização.
Texto de Jennifer Delgado – extraído de Etapa Infantil – sob o título: Mamás agotadas que padecen el Síndrome de Burnout – Tradução e livre adaptação Portal Raízes
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