Enquanto grande parte das mulheres casadas, em pleno século 21, continuam elencando as estatísticas de vítimas de violência doméstica, discriminação de gênero, sobrecarga de trabalho, acumulo de funções, noites mal dormidas e dias exaustivos que culminam no desencadear de varias doenças físicas e psicoemocionais, um grande número de estudos mostra que os homens casados gozam de melhor saúde do que os solteiros, como menor probabilidade a ter depressão e problemas cardiovasculares. Eles têm uma alimentação mais saudável, têm mais cuidado com a higiene, com a prática de atividades físicas e têm vidas mais longas.
Um estudo realizado por Libby Richards, professora de enfermagem, Melissa Franks professora de Estudos da Família e Rosie Shrout, professora de Desenvolvimento Humano, da Purdue University, nos Estados Unidos, afirma que a boa qualidade do casamento influencia positivamente na saúde de ambos. Em relacionamentos duradouros e harmoniosos, o casal em si tende a ser mais saudável em termos gerais, pois ambos tendem a cultivar hábitos de um bem-estar comum.
A investigação mostra que os homens casados gozam de melhor saúde do que as mulheres e que elas são mais propensas a basear as suas identidades nas suas relações e, portanto, experimentam mais efeitos negativos para a saúde física e emocional do que os homens. Isto pode incluir risco aumentado de síndrome metabólica, inflamação e doenças cardiovasculares.
Como não poderia ser diferente, uma grande parcela de mulheres casadas ainda se queixam de não se sentirem como parceiras de seus maridos, e sim, como “mães”. Pois infelizmente muitos homens não consideram que cuidar da casa e da educação dos filhos sejam funções que devem ser executadas por ambos. Dessa forma, a mulher ainda se sente na obrigação de equilibrar tudo sozinha, inclusive os próprios cuidados que o marido deveria ter consigo mesmo. Se sentem casadas com um adulto que tem sonhos, pensamentos e praticas de um adolescente.
A necessidade de descontruir essa estrutura familiar abusiva às mulheres é uma realidade que precisa ser levada em debate e prática. Esse comportamento é cultural e a única forma de quebrar um paradigma social ruim, é construindo um bom paradigma. Um que haja equidade de direitos entre os gêneros, num relacionamento. Seja heterossexual ou não.