de acordo com um estudo publicado hoje por um grupo de reflexão na Austrália. A estratégia da Nova Zelândia é considerada a melhor de todas. As informações são da Agence France-Presse.
O Lowy Institute de Sydney analisou quase 100 países de acordo com seis critérios, como casos confirmados, mortes e capacidade de detecção da doença. No total, o Brasil tinha 8.996.876 de infecções confirmadas e 220.161 mortes em 27/01/2021, para uma população de 209,5 milhões de habitantes, segundo dados do ministério da Saúde. A Nova Zelândia registrou 2.299 casos do novo coronavírus e 25 mortes desde o início da pandemia, em uma população de cerca de 5 milhões de pessoas.
“Coletivamente, esses indicadores mostram quão bem ou mal os países administraram a pandemia”, diz o relatório desta instituição independente.
Além da Nova Zelândia — que praticamente erradicou o vírus com fechamentos de fronteira “precoces e drásticos”, bloqueios e testes de diagnóstico, Vietnã, Taiwan, Tailândia, Chipre, Ruanda, Islândia, Austrália, Letônia e Sri Lanka estão entre os dez principais países que melhor responderam à pandemia. No final da lista estão Brasil, México, Colômbia, Irã e Estados Unidos.
Em número total de mortes, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos. As duas nações mais populosas do continente americano. A China – onde o vírus surgiu no final de 2019 – não está incluída na lista por falta de dados de diagnóstico disponíveis ao público, segundo os autores.
De acordo com os autores do estudo, Pequim tentou agressivamente manipular a percepção pública de como estava lidando com a epidemia para provar que seu sistema autoritário é superior a governos democráticos, muitos dos quais fracassaram na crise.
O Lowy Institute afirma que não há um vencedor claro quando se trata de saber qual sistema político administrou melhor a pandemia porque, em praticamente todos os países analisados, a resposta à covid-19 foi bastante medíocre.
“Alguns países administraram a pandemia melhor do que outros, mas a maioria deles se destacou apenas por seu desempenho insatisfatório”, observa o estudo. Países pequenos, com populações abaixo de 10 milhões de pessoas, mostraram ter algumas vantagens.
“Em geral, os países com menos populações, sociedades mais coesas e instituições bem treinadas têm uma vantagem comparativa quando se trata de lidar com crises globais como a pandemia”, revela o estudo.
Até o fechamento desta matéria mais de 100 milhões de pessoas foram infectadas com o vírus e 2,2 milhões morreram desde dezembro de 2019.
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