Psicologia e Comportamento

Os ensinamentos que carrego destas “noites escuras” – Uma metáfora que só os desempregados entederão

Só quem vive determinada dor sabe afirmar quais danos ela causa. Só quem passa por uma perda sabe o quanto fere. A dor do desemprego machuca como qualquer outro tipo de dor. É tão intensa que segundo pesquisa realizada por Thomas Holmes e Richard Rahe, essa dor só é superada, em primeiro lugar, pela perda de um filho, em segundo, pela perda do marido ou da mulher ou dos pais. Esta dor causa buracos na alma, espaços em nossa vida e manchas em nossa alto estima. Só quem viveu sabe.

Conhece alguém que neste momento sofre com esta dor? Provavelmente sim. E sobre as formas que poderia ajuda-los? Vamos pensar sobre isso?

Entenda que com pequenas ações é possível amenizar grandes dores, como por exemplo: dedicando um tempo a escutar esta pessoa; usando sua rede de contatos para indicação ou verificando vagas que se encaixam no perfil desta pessoa; encorajando-a a definir novas metas e manter um foco, enfim, muito pode ser feito.

O importante é despir-se de julgamento e compreender o quão delicado é este momento, pois só quem vivencia esta dor sabe do buraco que causa em sua alma, dos medos e da tristeza que invade seu ser.

Este luto merece respeito. Já fiquei desempregada por várias vezes. Também já me senti sem chão e acreditei que seria o fim; compreendo a vontade infinita de chorar e se encolher de debaixo das cobertas; da vontade de colo e da ausência de forças para recomeçar; da falta e o vazio que a dor de perder um trabalho provoca em nossas vidas. Vivi e muito aprendi.

Os ensinamentos que carrego destas “noites escuras?” compartilho com você:

Viva o Luto. Sim. Esta dor é a dor do luto, da perda. É um processo de despedida. Este momento é necessário e serve pra que possamos abrir e perceber o espaço que irá ficar vazio. Sim isso dói, mas é a partir desta vivência que poderemos em algum momento liberar um novo espaço para a continuidade na vida, para novas propostas de vida.

Há um grande ensinamento que diz: “Quando uma porta se fecha, abre-se uma janela”. No momento em que estamos na dor e no desespero, realmente fica difícil de enxergar “janelas”. Eu sei. Mas à medida que os dias passam você começa a perceber que a sabedoria Universal está para todos, inclusive para você. Então, começará enxergar novas “janelas” com novas possibilidades. Se permita vê-las.

Chegará um momento em que este luto cessará, então, chegará a hora de se por de pé e de ancorar novamente sua força. Permita-se deixar que o novo chegue. Abra sua mente e seu coração e tome as rédeas de sua vida. Mesmo que no primeiro momento o “novo” não seja exatamente o que você deseja. Mesmo assim, siga.

Cabe neste momento, um repensar da vida e observar que poderão existir formas diferentes de ver e de tratar este problema. Como também de repensar nossas relações com as organizações e com o nosso emprego, tratando sua profissão de forma diferente e mais madura. Busque desenvolver uma vida mais autônoma atribuindo valores e importância para outras questões tão importante quanto o emprego. Repense, renove, inove.

Como já dizia Erico Veríssimo: “Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinho de vento.” A escolha é sua.

Texto de Marcela Barros, empresária, Estrategista de Carreira, mentora de empreendedores, consultora de negócios. Atuando com performance de profissionais e empresas na ampliação de resultados. Tem como propósito ajudar pessoas a despertarem e maximizarem seu potencial e coloca-los em ação. Email: Institutoformandoriquezas@gmail.com.br

 

Portal Raízes

As publicações do Portal Raízes são selecionadas com base no conhecimento empírico social e cientifico, e nos traços definidores da cultura e do comportamento psicossocial dos diferentes povos do mundo, especialmente os de língua portuguesa. Nossa missão é, acima de tudo, despertar o interesse e a reflexão sobre a fenomenologia social humana, bem como os seus conflitos interiores e exteriores. A marca Raízes Jornalismo Cultural foi fundada em maio de 2008 pelo jornalista Doracino Naves (17/01/1949 * 27/02/2017) e a romancista Clara Dawn.

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