Toda mulher já ouviu falar da tal crise dos 40 anos, a idade da loba. Durante essa crise a mulher se volta para o seu interior, com intuito de encontrar o verdadeiro significado da vida. Algumas apresentam os sintomas aos 35 anos (ou antes), e ressurgem no momento da menopausa.
A crise se apresenta de maneiras diferentes em cada mulher, algumas poderão sentir o efeito da crise por 6 meses, outras até 1 ano, tendo o tempo como relativo.
Apesar do susto que se leva com a palavra “crise”, essa etapa da vida da mulher pode ser uma ótima oportunidade para a mulher começar a viver de forma mais significativa. Muitas mulheres passam a vida inteira vivendo para a família, para o trabalho, para a sociedade. Muitas vezes negligenciando a si mesma, até que algo surpreendente acontece – a chegada da crise.
Quando a mulher entra na idade da loba, começa a se incluir em suas prioridades, isso não significa que fará mal seu papel de mãe, esposa ou profissional, significa apenas que ela estará se acrescentando em seus próprios planos.
É normal que as pessoas ao redor estranhem essa nova mulher que se importa mais consigo mesma. Nada mais do que justo, para quem passou a vida toda cuidando dos outros, não é verdade?
Então, a nova mulher, agora uma loba, se surpreende com seu novo comportamento.
A crise é um momento de descoberta, onde ela torna-se mais exigente e quer seu tempo reservado para gastar apenas consigo (salvo as exceções).
Durante essa crise a loba passará por mudanças mentais, físicas e emocionais. Lembrando que a mudança do corpo é importante para a entrada na crise, principalmente a transformação hormonal como ocorre na menopausa, além de que a mulher ainda tem que lidar com questionamentos relativos ao fim da fertilidade e também da transformação da beleza.
Muitas mulheres que dão importância à aparência ficam inseguras e com baixa-autoestima quando param para pensar que seu corpo mudou. Cada aumento de peso, cada cabelo branco que aparece, cada visita ao médico a chateia.
Ela também sente que não é mais tão cobiçada nas ruas, e junto a isto percebe muitas vezes que seu próprio parceiro não se importa tanto com ela quanto antigamente.
Algumas mulheres neste momento acreditarão que devido a idade perderam o valor para os parceiros. Os homens, por sua vez, devem entender a importância de provar que sua mulher continua sendo amada e desejada, até mais do que antes.
É comum que muitas mulheres enfrentem dificuldades com todas as mudanças que vieram com os 40 anos. Porém a mulher deve procurar entender que todos os relacionamento estão sujeitos a mudanças, e isto não está atrelado com a beleza da juventude.
É compreensível que a mudança no corpo e no relacionamento seja algo que mexa com os sentimentos da mulher madura, só não pode deixar que esses fatores contribuam para a falta de autoconfiança.
Há mulheres que não suportam passar por isso e divorciam, mudam de emprego, fazem plásticas ou se submetem a tratamentos exagerados de beleza.
A mudança física acrescenta “boniteza” a loba, mas a mudança real, o sentir-se bem, ocorre na cabeça de cada mulher.
Aos 40 anos é comum que o casamento também entre em crise, principalmente se a mulher em questão se casou jovem.
A mulher nesse momento quer viver uma paixão, quer se sentir importante para um homem, quer ser amada. Após muitos anos de casamento o homem e a mulher podem se acostumar um com o outro, por isto é importante o cuidar, o estar junto, o cativar.
A crise pode fazer com que algumas mulheres tenham o desejo de mostrar para si mesmas que ainda têm o poder da sedução, pois só o papel de mãe de família não a empolga mais tanto assim.
É no momento da crise que algumas mulheres podem procurar fora o que não encontram no parceiro, mas não será isso que ajudará a loba sair da crise, mas sim a sua consciência.
Muitas mulheres para fugir da crise procuram trabalhar com intensidade, porque quanto mais mantem a cabeça ocupada com os deveres, menos sobra tempo para pensar em questões pessoais.
Outras não trabalham fora, mas agem como se a vida estivesse por um fio, no qual precisam sempre estar correndo para não perder mais tempo. A mulher busca várias estratégias para não pensar sobre o que estão sentindo.
A ida as profundezas e a busca das respostas para “Quem sou eu?” “Qual o significado da minha vida?” – É extremamente importante para resolver a crise, mas muitas se distanciam do “eu”.
Mergulhada numa tristeza a mulher declara que não aproveitou a juventude como deveria.
Independente do que tenha acontecido para provocar a explosão da crise, a mulher precisa é de se encontrar. Algumas chegam a entrar em depressão, recorrem ao tratamento psiquiátrico e psicológico porque não conseguem se olhar internamente.
Mulheres que amam a si mesmas e com força interior procuram ajuda quando não conseguem resolver o problema sozinhas.
A resposta é não, mas podem amenizar. O fato é que todas passarão por um momento de maior reflexão na vida.
A mulher tem a sensação de que ainda não fez muito do que desejava ter feito. O que dói na loba é a frustração e a falta de sentido na vida. No momento da crise ela se dá conta que muito do que fez foi porque recebeu influências dos outros.
Independente das influências e exigências recebidas, a loba tem o poder da escolha com maior liberdade nesta fase. É importante que a mulher se responsabilize sobre até onde chegou para que possa ser mais livre nas escolhas futuras e presentes das suas prioridades.
A crise tem efeito negativo quando a mulher procura evitá-la, por este motivo deve conscientizar-se. A loba deve entender que não podemos mudar o passado, e que o futuro poderá ficar comprometido se ela manter-se na defensiva.
Ficar presa no “deveria ter feito isto” impedirá toda a criatividade e iniciativa da mulher.
Nesta fase é muito comum também o medo de não mais conseguir realizar-se nas esferas: profissional e pessoal. Por este motivo a mulher não pode ficar presa no passado dos “deverias”.
A loba precisa assumir que em determinada época não teve sabedoria para escolher para si o que era melhor, mas que o futuro e o presente poderão ser melhores, se usar a experiência que ganhou durante seus 40 anos de vida.
Não existe receita para felicidade. Mas vamos pensar assim: a vida é constituída por momentos felizes e que cada um tem o livre arbítrio.
Cada mulher tem seu próprio tempo, experiências de vida diferentes, mas de forma geral a dica é: “Tenha hábitos saudáveis sempre – no que se refere ao mental e ao físico.”
A loba precisa de maturidade para entender que:
Mudar o outro? Não é possível, apenas se a outra parte desejar! Uma relação é construída também pelas diferenças de cada um. “Primeiro aceito que eu não sou do jeito que gostaria de ser e depois aceito que o outro também não é”.
Vale a pena deixar de viver o presente para ficar preso ao passado? “Primeiro eu aceito que vivi momentos de alegria, mas que nem todo o passado foi preenchido só por felicidade.”
Quando a loba chega nesta conclusão aprende a se desprender do que não tem para valorizar o que conseguiu. Caso não consiga chegar neste ponto, a sensação de vazio tende a aumentar com o passar dos anos.
Medo de mudanças? É preciso que ela largue suas ilusões para ir atrás do que realmente quer, mesmo que não seja fácil se desprender do que a acompanhou a vida inteira. “Eu sou eu” “Minhas atitudes agora partem de mim e não da sociedade”.
Quando a loba se livra da culpa de ter vivido conforme o desejo dos outros começa a pensar em sua verdadeira felicidade. Ela aprende que muito importa a intensidade dos sentimentos. Ela prefere um dia feliz a centenas sem sentido.
A sabedoria da mulher a torna capaz de analisar tudo o que acertou e errou na vida, e isto serve para se chegar numa conclusão de como ela quer que seja a outra metade da vida.
Reavaliar os objetivos é sempre importante para que a mulher possa encontrar suas prioridades.
A crise é importante para a mulher.
O corpo tem suas razões para agir.
E se a transformação é para o crescimento pessoal, que seja bem vinda para as mulheres “à crise da loba”. Pois o universo agradecerá o nascimento de cada estrela!
Com informações de Psicorientação
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