Um estudo realizado por economistas da Universidade de Pádua, na Itália, mostra que crescer cercado de livros faz bem para as pessoas. Não só isso: a pesquisa, que foi publicada no The Economic Journal sugere ainda que quem teve mais contato com livros durante a infância se sai melhor, até mesmo financeiramente, na vida adulta.
Os pesquisadores coletaram dados de homens com idades entre 60 e 96 anos de nove países europeus e avaliaram os livros com os quais essas pessoas tiveram contato quando tinham apenas dez anos. A partir destas informações, os economistas observaram que as crianças que cresceram com mais de dez livros que não eram leituras obrigatórias para escola — ou seja, que leram por puro prazer — tinham salários 21% melhores do que o restante.
O estudo faz questão de apontar que o salário da vida adulta não é o único ganho significativo que as pessoas têm ao crescer cercadas de livros. “Crianças que crescem em casas com livros têm mais chances de aprender sobre a vida e o universo, e têm novas experiências a partir das obras”, explica o pesquisador Guglielmo Weber em entrevista ao Quartz.
Apesar de ter sido realizado com pessoas cuja infância não contou com a internet, o estudo faz sentido ainda para as crianças de hoje. “Mesmo atualmente os livros captam algo diferente”, diz Weber. Outros estudos confirmam a fala do pesquisador: desde a publicação de Harry Potter, jovens passaram a ler livros mais longos e crianças que leem a série de J.K. Rowling aparentam ser mais bondosas com quem é diferente delas.
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