O coração de uma mulher madura é um mar profundo de segredos que guarda na sua câmara mais íntima as palpitações do querer, do amar com consciência e do sentir com emoção, intuição e desafio. Quando dizemos coração, nos referimos a esse algo intangível que equilibra as vivências e que expõe em si mesmo a porta para um lugar imenso, que abre a lembrança de maravilhosos cenários cheios de sensações.
O coração, entendido como a mente, tem ciclos e estações que percorrem caminhos em torno de uma procura e uma sucessão de períodos de solidão, de descanso, de pertencimento e inclusive de desaparecimento.
A relação de uma mulher madura consigo mesma e com o seu entorno se articula com base em uma série de necessidades afetivas que podem se resumir em uma frase: a mulher madura procura voltar para si mesma.
Isto é, a mulher, na sua maturidade, quer voltar a encontrar um ponto emocional que a convide a cumprimentar os seus segredos, seus momentos e suas cicatrizes. Normalmente este é o momento no qual nos sentimos dispostas a valorizar e considerar os nossos erros, assim como a valorizar aquilo que merecemos.
A mulher madura procura e recria em si um ambiente mais propicio para ser ela mesma, para definir um centro de atenção mais saudável e encontrar a serenidade no sangue ardente de quem naufragou por suas fragilidades e sobreviveu graças às suas forças.
O dom emocional da maturidade feminina
A mulher madura experimenta pouco a pouco uma viagem de retorno para a casa da alma que a convida a se tornar consciente daquilo que aconteceu na sua vida anteriormente. Desta forma, ela tem a necessidade de resolver aqueles conflitos criados nos ciclos prévios à maturidade.
Então o coração da mulher madura ama mais a si mesmo e se sente digno de respeito, repleto daqueles valores que se acariciam com a idade e que articulam a capacidade de amar e transcender na compreensão do sentir alheio.
O processo de procura pode ser doloroso, pois encontrar a si mesmo tão de perto requer ter caminhado muitos quilômetros, ter se afastado de si mesma, ter retrocedido, ter se ferido e ter lançado raízes longe do que se desejava.
Perder-se e encontrar-se como mulher madura
Pode acontecer da maturidade emocional chegar antes ou depois, mas certamente está precedida de anos e anos de distração, de acidentes sentimentais e da anulação de uma parte super importante de nós mesmas.
Saber onde estamos e qual é o lugar do nosso mundo não é uma tarefa fácil, e requer a perda da pele, o roubo da identidade que nos envolveu, e com a qual batalhamos em centenas de campos.
A mulher madura precisa se desfazer dessa pele para deixar de rejeitar as experiências e senti-las diretamente, torná-las suas sem um escudo protetor. Em outras palavras, deve deixar ir, soltar, dizer adeus e não se aferrar mais a aquilo que a impedia de ser ela mesma, a aquelas expectativas sociais que a consomem.
Então as crises deixam de aparecer em nossas casas de forma inesperada, e a libertação emocional passa a frequentar as nossas dependências, dando lugar à determinação e ao amor próprio.
Ou seja, dando espaço à primeira pessoa, às prioridades, à hidratação da identidade própria, à sabedoria da mulher madura. Então começa o recreio das mulheres, que dá fôlego à sua vida secreta graças aos seus instintos, a sua experiência e a força da sua psicologia feminina.
Fonte: A Mente é Maravilhosa
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