O caminho entre os direitos das mulheres e as lutas para a igualdade das minorias em geral estiveram sempre entrelaçados. Na época do Brasil Colônia (1500-1822), pouco foi conquistado. Vivia-se uma cultura enraizada de repressão às minorias, desigualdade e de patriarcado. As mulheres eram propriedade de seus pais, maridos, irmãos ou quaisquer que fossem os chefes da família. Nesse período, a luta das mulheres era focada em algumas carências extremamente significativas à época: direito à vida política, educação, direito ao divórcio e livre acesso ao mercado de trabalho.
A luta pelo direito ao voto chegou ao Brasil em 1919, através da bióloga Bertha Luz, que trouxe estes ideais de Paris. Junto com a militante anarquista Maria Lacerda de Moura, Bertha fundou a Liga Pela Emancipação Intelectual da Mulher, que mais tarde se tornaria a Federação Pelo Progresso Feminino. Assim, depois de anos de luta e reivindicações, em 1930 o direito ao voto das mulheres foi instituído no Brasil pelo então presidente Getúlio Vargas. Assim foi instituído o dia 3 de novembro como o Dia da Instituição do Direito ao Voto da Mulher no Brasil.
Os postais propagandas de 1900 a 1914 disseminavam o machismo
Estes postais vintage (1900 a 1914) eram usados como propaganda contra o sufrágio feminino e as sufragistas. O direito de voto era visto como uma ameaça direta aos valores da família e ao lugar do homem na sociedade, mostrando-o muitas vezes em casa a tomar conta dos filhos e a limpar a casa.
Estes postais pertencem ao arquivo de Catherine H. Palczewski, professora na Universidade de Iowa do Norte, que os tem colecionado ao longo dos últimos 15 anos.
As Sufragistas: “Nós não queremos quebrar as leis. Nós queremos fazer as leis”
https://www.youtube.com/watch?v=VTTy39nxGc4