Burnout é um estado de exaustão emocional, mental e física causado por estresse excessivo e prolongado. Isso acontece com as pessoas quando se sentem sobrecarregadas e não são mais capazes de atender às demandas constantes que lhes são colocadas. À medida que o estresse continua, eles começam a perder o interesse ou a motivação para funcionar efetivamente em suas vidas diárias.
Burnout pode reduzir a produtividade e a energia, levando a sentimentos de desamparo, desesperança e ressentimento. As pessoas muitas vezes descrevem isso como se não tivessem mais nada para dar. Nos últimos anos foram tantos os casos de Síndrome de Burnout em todo o mundo, que a OMS oficializou-a como uma enfermidade crônica a ponto de incluí-la na mais recente versão do Código Internacional de Doenças (CID 11). Burnout consta agora da bíblia da saúde, a pessoa por ela acometida tem de ser tratada por especialistas e respeitada pela sociedade em geral – em particular, nos meios profissionais.
Por que? A resposta está em sua origem: a Síndrome de Burnout, que também pode ser chamada de Síndrome do Esgotamento, está intrinsecamente associada à rotina de trabalho. Ela se faz sinalizar pelo sentimento de grande estresse físico e mental, queda brusca na qualidade do serviço executado e, mais importante, pelo fenômeno psiquiátrico da despersonalização — quando o indivíduo cumpre as suas tarefas de forma robotizada e demonstra embotamento afetivo em relação ao grupo no qual vive.
“O excesso de trabalho faz com que a pessoa que está com Burnout gaste todo o seu estoque de energia biopsíquica até que ela fique exaurida. Então ela demora muito para restituir a energia que despendeu”, diz Fábio Scaramboni Cantinelli, chefe de Psiquiatria do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
Pode-se mesurar o alcance da doença pelo índice colhido junto ao INSS: quintuplicou o número de solicitações de auxílio doença, motivados por Burnout, entre março e abril de 2020. O número de pedidos chegou a quinhentos mil. O estresse da pandemia e o decorrente medo da morte é claro que tiverem papel importante nesse astronômico aumento de requisições. Em um país como o Brasil em que a depressão ainda é vista por muita gente como sinônimo de fazer “corpo mole”, é importante a catalogação de Burnout como doença
Os efeitos negativos do esgotamento podem lançar uma sombra sobre todos os aspectos de sua vida, incluindo sua vida doméstica e social. O esgotamento também pode causar alterações de longo prazo no corpo e no sistema imunológico que o tornam vulnerável a doenças como resfriados e gripes. Por causa de suas muitas consequências relacionadas à saúde, é importante reconhecer e lidar com o esgotamento imediatamente.
Muitas vezes, o esgotamento decorre do estresse causado pelo seu trabalho. Mas quem se sente sobrecarregado e desvalorizado corre o risco de esgotamento, pois não é causado apenas por trabalho estressante ou muitas responsabilidades. Outros fatores contribuem para o esgotamento, incluindo seu estilo de vida e certos traços de personalidade. Exemplos incluem:
Burnout é diferente de simplesmente se sentir cansado e esgotado. Os sintomas físicos e mentais podem aumentar rapidamente, deixando você se sentindo impotente para lidar com as situações cotidianas. As pessoas que sofrem de burnout podem reconhecer os seguintes sinais e sintomas:
Comece o dia com uma atitude relaxada – tente não acordar com pressa. Passe pelo menos quinze minutos meditando, fazendo alongamentos suaves, ouvindo rádio ou lendo algo que o inspire.
Prevenir o burnout vem de cuidar de sua saúde física e mental e tem tudo a ver com um bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Leia nossa seção de links úteis para obter mais informações e dicas.
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