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A remissão da fibromialgia pode estar relacionada ao que você come

A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por dor musculoesquelética generalizada, fadiga, sono não reparador e, frequentemente, alterações cognitivas e emocionais, como dificuldades de concentração, ansiedade e depressão. Acredita-se que a fibromialgia esteja relacionada a uma desregulação no processamento da dor pelo sistema nervoso central, resultando em hipersensibilidade aos estímulos dolorosos. Outros fatores, como traumas físicos ou doenças graves, também podem servir como gatilhos para o desenvolvimento da condição.

O maior estudo recente sobre fibromialgia está associado às diretrizes da European League Against Rheumatism (EULAR), atualizadas em 2016, e outras iniciativas globais. Essas diretrizes avaliam o impacto da síndrome e consolidam abordagens multidisciplinares para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Alimentação e atividades físicas

Estudos evidenciam que estratégias como dieta anti-inflamatória e atividade física regular podem ajudar a reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

É possível conceber por intermédio da experiência clínica associada à pesquisas teóricas que a adoção de uma dieta rica em alimentos anti-inflamatórios (como frutas, vegetais, grãos integrais, ômega-3 de peixes e nozes) pode ser benéfica para pacientes com fibromialgia. Isso ocorre porque essa dieta reduz marcadores de inflamação sistêmica leve, que pode estar associada à sensibilização central e à amplificação da dor crônica em doenças como a fibromialgia

Outra observação importante é a prática de exercícios regulares, como parte do tratamento da fibromialgia. Eles ajudam a melhorar a função cardiovascular, reduzir a sensibilidade à dor, promover o sono reparador e melhorar o humor. A prática consistente pode levar a uma redução significativa dos sintomas e, em alguns casos, à remissão parcial ou controle da dor crônica.

Portanto, a remissão dos sintomas da fibromialgia, e demais dores crônicas, pode estar diretamente relacionada aos hábitos alimentares e à prática de atividades físicas. Por isso, precisamos substituir sistematicamente a ingestão de alimentos inflamatórios por alimentos anti-inflamatórios.

O Caminho para a Remissão da Fibromialgia e Dores Crônicas

O doutor Nivaldo Teles, neurocirurgião, especialista em dor crônica, em seu perfil no Instagram, sempre faz postagens necessárias acerca da relação entre as dores crônicas e os alimentos que causam inflamação em nosso corpo. Escolhemos uma de suas postagens para compartilhar um pouquinho com vocês o saberes indispensáveis desse médico que tem transformado a vida de milhares de pessoas que acompanham o seu trabalho. Nossa recomendação é levar as sugestões do doutor Nivaldo Teles para sua nutricionista, porque estamos certos de que será uma experiência muito positiva para sua vida.

A dieta anti-inflamatória é um tipo de alimentação que combate e previne processos inflamatórios no organismo, o que pode prevenir o surgimento de vários tipos de doenças, como, fibromialgia, artrite, diabetes, Alzheimer, obesidade e até mesmo câncer. Quando a doença já existe, esta dieta pode evitar que o problema se agrave, prevenindo o aparecimento de complicações.

Além disso, a dieta anti-inflamatória também ajuda a aumentar as defesas do corpo, facilita os processos de cicatrização e diminui a formação de radicais livres, retardando o processo de envelhecimento. Todos os benefícios se devem ao fato de a dieta se basear no consumo de alimentos naturais e ricos em antioxidantes, ao mesmo tempo que evita a ingestão de carne vermelha, de alimentos industrializados ​​e ricos em gorduras ou açúcares simples.

Quais são os alimentos inflamatórios?

Existem alguns alimentos que devem ser evitados na alimentação por promoverem processos inflamatórios e aumentarem o risco de doenças como obesidade, câncer ou diabetes. Esses alimentos incluem: como:

  • Alimentos ricos em gordura, como bacon, frituras em geral, queijos amarelos, leite integral, requeijão, margarina, manteiga, pizza, nuggets, lasanha congelada, molhos do tipo ketchup e maionese;
  • Embutidos, como salsicha, presunto, salame, pastrami, tender, e mortadela;
  • Todos os tipos de açúcar,  e alimentos ricos em açúcar, como biscoitos, refrigerantes, sorvetes, sucos de caixa, garrafa ou em pó instantâneo, bolos, entre outros;
  • Carnes vermelhas, como carne de boi, cordeiro e carne de porco.
  • Café: o café está nesta lista porque ele causa insônia, e a insônia potencializa as dores crônicas. Café aparece com uma promessa dos problemas que ele mesmo causa. A cafeína atua bloqueando a ação da adenosina, uma molécula que se acumula no cérebro ao longo do dia, preparando o corpo para o repouso. As moléculas de cafeína interferem neste processo, impedindo a adenosina de fazer seu trabalho – e mantendo-nos alertas.

Todos estes alimentos podem ser consumidos com moderação na alimentação diária, mas se você quiser ter o prazer de uma vida sem dor crônica, você precisa passar pela reeducação alimentar anti-inflamatória.

Quais são os alimentos anti-inflamatórios?

Antes de começar qualquer tipo de dieta, é importante consultar um nutricionista para fazer uma avaliação detalhada e realizar plano nutricional individualizado, de acordo com as necessidades e objetivos de cada pessoa. Na dieta anti-inflamatória deve-se dar preferência para o consumo de alimentos naturais e anti-inflamatórios, como:

  • Ervas aromáticas: orégano, tomilho, coentro, salsa, hortelã ou alecrim;
  • Temperos naturais: açafrão, canela, curry, alho, cravo, gengibre ou cebola;
  • Peixes ricos em ômega-3: atum, sardinha, cavala e salmão;
  • Sementes: linhaça, chia, abóbora ou gergelim;
  • Frutas frescas: laranja, acerola, goiaba, mamão, limão, abacate, coco, tangerina,
  • abacaxi, romã, melancia, cereja, morangos, mirtilos, framboesas ou uvas;
  • Nozes: amêndoas, amendoim, castanha do Pará ou castanha do Brasil;
  • Probióticos: iogurte natural, kombucha ou kefir;
  • Legumes: brócolis, couve-flor, repolho, espinafre, alface, repolho, cenoura e tomate;
  • Gorduras saudáveis: óleo de coco, azeite de oliva, sementes de chia ou de linhaça.

Esses alimentos devem ser preparados de forma simples, dando preferência aos grelhados, cozidos, assados, crus ou ao vapor.

Portal Raízes

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