A Mesa da Paz é uma técnica criada por Maria Montessori para promover a resolução pacífica de conflitos entre crianças, incentivando o diálogo, o respeito e a empatia. Esse método é amplamente utilizado em escolas montessorianas e funciona como um espaço seguro onde as crianças podem expressar seus sentimentos e resolver desentendimentos sem recorrer a atitudes agressivas.
A estrutura da Mesa da Paz inclui alguns elementos que estimulam o ambiente de calma, como flores, um objeto de passagem (como um coração ou um bastão) que é segurado por quem estiver falando, e às vezes uma ampulheta para marcar o tempo de fala.
Ao usarem essa mesa, as crianças aprendem a ouvir umas às outras, a verbalizarem emoções e a chegarem a soluções construtivas, criando uma cultura de paz e respeito que transcende o ambiente onde se encontra. Essa prática reforça a habilidade de comunicação e ajuda na construção da empatia desde a infância.
Trata-se de uma pequena mesa com cadeiras para cada uma das crianças, em cima da qual você deve colocar alguns elementos, cada um com uma função diferente:
Vale a pena esclarecer que a mesa da paz não é apenas uma técnica válida para resolver conflitos interpessoais, mas também conflitos internos. Se a criança se sentir nervosa, zangada ou frustrada, pode usar a mesa da paz como refúgio para identificar como se sente e se acalma.
Nesse caso, será muito útil ter um livro como “O Monstro das Cores”, ideal para crianças pequenas, pois associa uma cor a cada emoção. No caso das crianças mais velhas, “Emocionário” é um livro mais apropriado, pois abrange muitos estados emocionais, acompanhando-os com imagens.
Em primeiro lugar, é importante que a criança não se sinta forçada a sentar-se à Mesa da Paz porque a perceberá como uma punição e, em vez de relaxar, provavelmente acabará mais zangada e frustrada. Você pode dizer: “Esta é a Mesa da Paz, você pode usá-la quando se sentir triste, oprimido ou irritado. Você vem até a mesa, senta e observa os grãos de areia caírem. Quando alguém está sentado à mesa, eles não devem ser perturbados”.
Quando seu filho se familiarizar com a tabela para resolver conflitos internos, você poderá usá-lo para resolver conflitos interpessoais. Nesse caso, você pode convidar seu irmãozinho para a mesa, dando a ele o objeto de paz, como um símbolo de boa vontade para resolver o conflito.
A ideia é que as crianças se sentem à mesa e expressem como se sentem, respeitando as conversas. Você pode usar a ampulheta para marcar a hora e dar à criança que está falando a bola anti-stress. Quando o turno acabar, você deve entregá-lo à outra criança. O mais importante é que as crianças expressem positivamente suas emoções, expliquem porque se sentem assim e, acima de tudo, como gostariam de resolver o problema. Eles também podem comentar sobre as possíveis soluções e como elas se sentiriam colocando-as em prática.
Se forem pequenas, um adulto terá que agir como mediador. De fato, é conveniente que no início você medie a conversa para que as crianças não caiam em atitudes acusatórias, mas em vez disso aprendam a se concentrar em encontrar soluções. Tenha em mente que os adultos não devem agir como juízes, mas como meros mediadores, para que as próprias crianças possam encontrar a solução. No entanto, você pode propor uma série de regras, tais como: não gritar, não bater, não insultar, não interromper e não tirar sarro do outro.
Fonte: Só Escola
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