5% da população mundial adulta está com depressão. É o que revela um artigo publicado na revista especializada The Lancet. O estudo traz a informação de que estima-se que 1 bilhão de pessoas em todo o mundo vivam com um transtorno mental, 81% das quais vivem em países de baixa e média renda. Entre esse bilhão, 5% dos adultos têm depressão, tornando-a uma das principais causas de incapacidade e um dos principais contribuintes para a carga global de doenças.
Ao longo de décadas, acumularam-se evidências de que a depressão é uma das principais causas de sofrimento evitável no mundo. No entanto, poucas pessoas nas comunidades, governos e setor de saúde entendem ou reconhecem a depressão como algo distinto dos outros problemas que as pessoas enfrentam. Não se faz o suficiente para evitar e aliviar o sofrimento e as desvantagens ligadas à depressão, e poucos governos reconhecem o freio que a depressão coloca no desenvolvimento social e econômico.
Para combater o mal, é necessário uma série de ações urgentes, como a mudança de classificação da enfermidade e os protocolos de tratamento. Os especialistas também pedem um trabalho conjunto de governantes, prestadores de cuidados de saúde, pesquisadores, pacientes e seus familiares.
Para os cientistas, esse cenário é o reflexo de várias falhas de políticas públicas. “Indiscutivelmente, não há outra condição de saúde que seja tão comum, tão onerosa, tão universal ou tão tratável quanto a depressão, mas que recebe pouca atenção política e recursos”, declarou, em um comunicado à imprensa, Christian Kieling (capa), copresidente da comissão e professor associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Os pesquisadores também destacam a má compreensão dessa condição e a falta de recursos psicossociais e financeiros como fatores que influenciam o grande número de casos não tratados. “Tratamentos psicossociais e médicos eficazes são de difícil acesso, enquanto altos níveis de estigma ainda impedem muitas pessoas, principalmente adolescentes e jovens em risco ou experimentando depressão, de buscar a ajuda necessária para ter uma vida saudável e produtiva”, acrescentou o especialista.
O artigo é assinado pela comissão “Tempo para uma ação unida sobre a depressão”, composta por 25 especialistas de 11 países — incluindo o Brasil —, que trabalham em áreas diversas, além da contribuição de pessoas que conviveram com esse problema. No trabalho, os pesquisadores destacam que, em países de alta renda, cerca de metade das pessoas que sofrem com o distúrbio mental não são diagnosticadas ou tratadas, e esse número aumenta para 80% a 90% em nações de baixa e média renda.
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