Todo nós sabemos o que é um escravo: uma pessoa que tem sua liberdade anulada. Da mesma forma que aqueles que sofrem a Síndrome de Estolcomo, na qual a pessoa sequestrada consegue estabelecer um vínculo afetivo com o sequestrador, o escravo pode se encontrar satisfeito com esta anulação de sua liberdade.

Isso não tem nada a ver com a sexualidade. O escravo satisfeito vai muito além disso. Quer saber mais sobre esta síndrome? Será que você sofre da síndrome do escravo satisfeito? Hoje você descobrirá…

Correntes mentais

Quando falamos de escravidão, todo mundo pensa em algo que já está obsoleto e que ficou no passado. Mas… temos certeza disso? Um escravo satisfeito tem muitas correntes mentais. Isso faz com que seja muito difícil poder se rebelar contra a situação, pois estas correntes estão em sua própria mente e, portanto, fazem parte dele.

A maneira de escravizar mudou, agora é mais sutil. Tanto que podemos ser escravos satisfeitos sem nos darmos conta. Ninguém gosta de ser um escravo, mas e se não tivermos consciência disso? Está aqui a grande incógnita que vamos revelar.

Quando você não é capaz de se rebelar diante de uma humilhação, quando você se mantém cabisbaixo em uma discussão, sem manifestar sua opinião, você é um escravo. Do que você tem medo? Você sabe que tem o desejo de levantar a voz, mas algo o impede. Ou talvez deveríamos dizer que você mesmo se impede.

As nossas correntes podem não ter sido dispostas por ninguém, apenas por nós mesmos. Regras que existem para saber viver em sociedade e a necessidade de sermos perfeitos muitas vezes nos restringem a liberdade que tenta aflorar do nosso próprio interior. Disso, lamentavelmente, não nos damos conta.

Você é feliz permitindo-se ser humilhado? Você é feliz tentando ser igual aos demais? A busca pela felicidade o leva realmente a ela? Verdadeiramente, não.

Vivemos anestesiados?

Ter a síndrome do escravo satisfeito pode ser comparado com estar sob os efeitos de uma anestesia: pensamos de forma relativamente similar e fazemos o que acreditamos que queremos fazer. A realidade é totalmente diferente. Somos escravos satisfeitos e acreditamos nisso.

Pensemos por um momento nos relacionamentos. Dependendo do lugar onde você mora, terá uma concepção diferente sobre os relacionamentos, a infidelidade, a monogamia. Talvez você pratique alguma relação diferente da que foi ensinado desde pequeno… mas será que mesmo assim você não é um escravo satisfeito?

Todos os seres humanos buscam a felicidade, ou acreditam que esse é seu objetivo. Mas, o que significa para você a “felicidade“? Formar uma família? Ter estabilidade no trabalho? A felicidade é ditada pela sociedade. As pessoas que se rebelam contra esta síndrome começam a experimentar uma espécie de representações sem razão e estereótipos impostos pela sociedade em que vivemos.

Há um pensamento uniforme. Algo que permite que não nos sintamos estranhos com as pessoas que estão ao nosso redor. Mas quando olhamos além, quando nos livramos das correntes, realmente nos tornamos estranhos. Começamos a ver as demais pessoas como um grupo que pensa igual, enquanto nós somos diferentes.

Você se lembra daqueles sapatos dos quais não gostava nem um pouco, mas que agora você usa? A publicidade, a moda e a própria sociedade nos “obrigam” a ser submissos. Antes você não gostava, mas agora você usa. Embora você não acredite, seus amigos estão exercendo uma pressão sobre você quando você calça os sapatos que você tanto detestava. A sociedade o pressiona para que você seja igual.

Pensemos em nossa própria família. O machismo ainda está presente?

Em muitas, sim. Você sabe por quê? Se não conseguirmos nos rebelar contra isso e cedermos, nos sentiremos agradecidos por este tratamento machista existente em nosso lar e o reproduziremos, sem nos darmos conta, nas futuras relações que tivermos.

Tentar ser você mesmo é muito difícil. Parece que todos nós estamos marcados pelo mesmo padrão, e quando você se afasta dele, torna-se um estranho. A frustração, o pessimismo e a depressão podem se apropriar de você. Você não pode mudar o resto, mas pode mudar a si mesmo. Livre-se das correntes e liberte-se. Procure a sua própria felicidade afastada de tudo o que a sociedade dita.

Fonte: A mente é maravilhosa

 






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