O cliente do restaurante fala com equilíbrio e graça para o gerente reclamando em voz baixa sobre o serviço de espera. O amigo equilibrado que lhe chama apenas em seus momentos de maiores necessidade. O soldado do corpo de bombeiro compassivo e sempre disposto a ajudar as vítimas após um acidente ou uma catástrofe natural. O parceiro que raramente se irrita, perdoa facilmente, e assume a responsabilidade por suas ações. O profissional de sucesso que equilibra sua profissão, suas responsabilidades familiares, e seus Hobbies pessoais com medidas iguais de calma e confiança.

O que as pessoas emocionalmente fortes têm em comum é:

Em duas palavras: Inteligência Emocional. Esta é a tendência relativamente nova no reino da cultura popular e da psicologia de hoje: A Inteligência Emocional – ou IE – existe desde o início dos tempos. De acordo com Psychology Today,  a inteligência emocional é definida como uma aptidão para identificar e gerenciar as próprias emoções e as emoções dos outros. É composto de três habilidades principais: a capacidade de analisar emoções interiores e os sentimentos dos que os rodeiam, a capacidade de aplicar emoções para as tarefas a serem realizadas, e a possibilidade de assumir o controle das emoções – quer se trate de gestão da sua própria emoção antes de perder o controle, ou que tenham a força e a capacidade de levar outra pessoa a sorrir, sossegar, ou lidar com uma situação de forma adequada, sem se exaltar.

Aqueles que apresentam altos “QI” emocionais desfrutam de mais prosperidade na vida.  Eles crescem em qualquer ambiente social ou profissional. Estudos demonstram que eles têm menos problemas de saúde mental, incluindo depressão e ansiedade. Suas vidas pessoais não são vividas para administrar destroços, precisamente porque eles vivem, pensam e decidem com sabedoria quando agem.  Eles são superiores aos outros, excelentes em seus trabalhos, estão felizes em seus relacionamentos, e trabalham consistentemente no sentido de alcançar resultados positivos em todos os aspectos da vida.

Assim, a pergunta é: O que uma pessoa com Inteligência Emocional não faz? Aqui estão 7 coisas que as pessoas Emocionalmente Inteligentes, como regra, evitam:

  1. Eles não se prendem no  drama de outras pessoas

Uma das marcas da Inteligência Emocional é a empatia. E aqueles com altos padrões de equilíbrio estende-a todos que convivem com eles. Mas há uma enorme diferença entre demonstrar empatia para com um amigo ou um ente querido e permitir que a raiva ou infelicidade de outra pessoa influencie, domine ou afete o seu bem estar.  Pensa que o comportamento histriônico do seu colega de trabalho é “perturbado”, não porque ele, simplesmente, está passando por um momento difícil, mas, porque, sinceramente, seu amigo é. Ou que o amigo, em vez de se concentrar em suas crises pessoais, procura propositadamente outras pessoas que estão angustiadas.

Pessoas emocionalmente inteligentes, por outro lado, ouvem atentamente. São gentis, amorosos, compreensivos quando aconselham, mas faz isso com autoridade e oferecem ajuda e assistência para resolver o problema que enfrentam. Mas elas não permitem interferência e reações dos outros para governar a sua própria vida.

  1. Pessoas emocionalmente inteligentes não se queixam

Choramingar e resmungar implicam duas coisas: a primeira é que imagina que somos vítimas e, a segunda, é que não vemos solução para os nossos problemas. Raramente a pessoa emocionalmente inteligente se sente vítima. Mais raro ainda uma pessoa  emocionalmente inteligente sentir que a solução está além do seu alcance. Em vez de olhar para alguém ou algo para culpar, imediatamente pensa em como lidar construtivamente com o dilema. Ela sabe que as suas queixas influenciam as respostas emocionais de quem a rodeia. Assim, não lamenta o fim de um relacionamento ou uma decepção com um amigo por motivos pessoais. Trata logo de tomar uma aula de ioga, medita sozinho em um parque ou, simplesmente, “tira de letra”.

  1. Pessoas emocionalmente inteligentes nem sempre dizem sim para os outros e a si mesmas

Empatia, autocontrole e convicção são sinais certos de pessoas emocionalmente sólidas. São conscientes de que um segundo copo de vinho vai levar a consequências negativas na manhã seguinte. Da mesma forma sabem que um convite para ir a um encontro de fim semana pode prejudicar os seus compromissos assumidos antes. Pessoas emocionalmente inteligentes são definitivas em suas decisões. Jamais dizem: “Eu não sei, talvez…” Ou “talvez eu não vá à academia hoje”. A dúvida convida à ansiedade e, até mesmo, à depressão.

Pessoas com maior frequência de inteligência emocional exercem o seu direito de dizer não e são mais livres para se concentrar em suas tarefas, ambições e bem estar geral.

  1. Pessoas emocionalmente inteligentes não ‘fofocam’

Pessoas emocionalmente controladas evitam a ‘fofoca’ para que ela não se torne um drama. Jamais se envolvem em conversas de escândalos. Sempre conseguem uma forma inteligente para sair da situação constrangedora de ‘fofoca’.  Uma pessoa emocionalmente inteligente compreende que todos os humanos são merecedores, e aquilo que os outros percebem como um erro pode ser uma oportunidade de melhoria.

  1. Pessoas emocionalmente inteligentes não contam com os outros para serem felizes e nem para a confiança

Elas são autossuficientes em todas as formas de vida, incluindo administrar a sua alegria e a paz de espírito. Aprenderam que confiar em alguém para se sentir alegre ou digno é se colocar no caminho da decepção e a desesperança. Em vez disso, tomam as suas emoções em suas próprias mãos e encontram passatempos que lhes agradam. Lutam pelas conquistas que lhes darão um sentimento de autoestima no círculo do amor e da aceitação.

  1. Pessoas emocionalmente inteligentes não se envolvem em pensamentos negativos

Enquanto alguns de nós somos totalmente imunes a pensar ou fazer declarações que começam com “Eu” (“Eu sou atraente”, “Eu deveria ter feito melhor”, “Eu sou patético”) a  pessoa emocionalmente inteligente é capaz de conter pensamentos petulantes antes de cair no buraco do coelho proverbial.

Em vez disso, ela depende de fatos para chegar a conclusões. Para alguns, é um simples olhar em seu currículo que mostra a sua experiência, realizações e capacidades; para outros, é a aparência de uma casa limpa e organizada, bem como uma análise interna do que eles fizeram certo.

Afinal, as pessoas emocionalmente inteligentes reconhecem que pensamentos negativos são apenas isso – pensamentos negativos –  assim como eles reconhecem que as vozes interiores depreciativas que se ouvem, servem apenas para desligar, ajustar para jogar fora, ou silenciar completamente. Por isso não lhes dão ouvidos.

  1. Pessoas emocionalmente inteligentes não se debruçam sobre o passado

Pessoas que vivem mais em seu passado do que em seu presente são mais suscetíveis a uma enxurrada de queixas mentais e espirituais, de pesar, de nostalgia que agitam e fazem trepidar a alma. Pessoas emocionalmente inteligentes têm orgulho do seu passado – percebem os erros que cometeram na caminhada, as oportunidades que perderam – mas estão conscientes da importância de viver em cheio no aqui e agora.

Ao aprender com o passado, em vez de se deter no que já foi, o emocionalmente inteligente tem o poder de alimentar o seu presente sem diminuir a sua capacidade para avançar ou aproveitar três das emoções mais importantes de todas: autossatisfação, a gratidão e a esperança.

Texto de Lauretta Zucchetti extraído de Lifehack – Tradução e adaptação: Portal Raízes






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