Um trechinho da obra Tratado Geral das Grandezas do Ínfimo, de Manoel de Barros (poeta brasileiro do século XX – Cuiabá, 19 de dezembro de 1916 — Campo Grande, 13 de novembro de 2014), de onde se observa uma explicação, não escancarada, mas pronta para ser decifrada pelo seu leitor de elementos poéticos extraídos de sua descendência pantaneira, não como exposição de sua origem, mas como fluído da sua arte. Assim  talvez possamos afirmar que Tratado Geral das Grandezas do Ínfimo seja um encontro do fazer poético com o refletir poeticamente onde a riqueza e originalidade das imagens manoelinas nos cativam e a gente não se conforma com o ponto no final do texto. Por isso, neste vídeo, selecionamos um dos mais belos trechos da obra. Confira:

“A poesia está guardada nas palavras – é tudo que
eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a reladidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as
insignificâncias (do mundo e as nossa).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios.”
― Manoel de Barros, Tratado Geral Das Grandezas Do Ínfimo

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