Uma pesquisa inédita, intitulada Retrato da Paternidade no Brasil, interrogou mais de mil homens entre 25 e 55 anos, a respeito de como é a relação deles com os filhos de 5 a 15 anos de idade. A pesquisa encomendada pela marca O Boticário, em parceria com a Consultoria de Pesquisa de Mercado e Consumer Insights, constatou dados interessantes – e também preocupantes.
Enquanto 56% dos entrevistados acreditam serem ótimos pais para os filhos, apenas 27% declarou que deseja que a criança seja feliz mesmo que ela não siga o caminho que ele idealizou pra ela.
Enquanto os participantes admitiram ter dificuldade em apoiar os jovens a seguir decisões que contrariam as suas vontades, o afeto ainda se encontra bastante ligado à ideia de paternidade: 62% dos pais alegam que, sempre que possível, têm o hábito de mostrar afeto tanto físico, quanto emocional. Ao mesmo tempo, 57% busca dizer frases amorosas e encorajadoras.
25% destes pais brasileiros afirmam que ainda têm dificuldade de estabelecer diálogo sobre a educação dos filhos com outras pessoas, de pedir ajuda e de se informar a respeito. A maioria deles por achar que não há necessidade e uma menor parcela por não se se sentir à vontade.
A pesquisa também mostrou o papel dos pais na desigualdade de gênero
Segundo a pesquisa, 69% dos pais alegam que já explicaram aos filhos que existem desigualdade direitos entre homens e mulheres e que isso precisa mudar, adotando uma postura de desconstrução de falas e comportamentos machistas. Como por exemplo, a expressão “seja homem” teve uma redução de 50%, enquanto “homem não chora”, uma queda de 36%, de acordo com a pesquisa.
A corresponsabilidade entre as pessoas do ambiente familiar também esteve presente nos questionamentos e 90% dos pais acreditam que os cuidados diários e a educação dos filhos devem ser igualmente divididos entre os responsáveis pela criança.
Foto da capa: Acervo pessoal, autorizado por @addanmsantiagoaguiar.