Nos esquecemos do nosso lugar no mundo. Temos medo de não correspondermos às expectativas dos outros, de não encontrarmos o amor de nossas vidas, de não termos sucesso, de não atingirmos as nossas metas, de não nascermos, crescermos e nos reproduzirmos.
Em resumo, nos submetemos ao que os outros esperam de nós. Chegamos a um ponto em que não sabemos como nos respeitar, e nem como lidar com nós mesmos. Não sabemos como enfatizar tudo de maravilhoso que existe dentro de nós.
“Nos fizeram acreditar que ‘o grande amor’ só acontece uma vez, geralmente aos 30 anos. Porém, não nos disseram que o amor não é acionado e nem que ele não chega com hora marcada.
Nos fizeram acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só faz sentido quando encontramos a nossa outra metade. Nós não fomos informados de que já nascemos inteiros e que ninguém tem que carregar a responsabilidade de completar o que nos falta.
Nos fizeram acreditar em uma fórmula chamada ‘dois em um’: duas pessoas pensando e agindo da mesma forma. Não nos contaram que isso tem um nome: ‘anulação’, e que apenas indivíduos com personalidade própria são capazes de ter um relacionamento saudável. Nos fizeram acreditar que o casamento é obrigatório e que os desejos fora deste âmbito devem ser reprimidos.
Nos fizeram acreditar que os bonitos e magros são mais amados. Que só há uma fórmula para a felicidade, a mesma para todos; aqueles que fogem dela estão condenados à marginalização.
Nós não fomos informados de que estas fórmulas estão erradas, que elas frustram as pessoas, as deixam alienadas e que podemos tentar muitas outras alternativas.
Ninguém vai lhe dizer isso, todos vão ter que descobrir sozinhos. E aí, quando estiver realmente apaixonado por si mesmo, você será capaz de ser muito feliz e se apaixonar por alguém. Vivemos em um mundo onde nos escondemos para fazer amor… Embora a violência seja praticada em plena luz do dia”.
Não podemos viver sem nós mesmos
“Aprenda a dizer ‘eu me amo’ antes de dizer ‘eu te amo’. Isso irá fortalecer o seu amor”
Lembre-se de que sem você, você não pode fazer nada. Você não pode viver, respirar, sorrir e nem se apaixonar… Este raciocínio tão óbvio e tão simples está por trás de uma premissa que deveria guiar as nossas vidas: cuide de si mesmo e, se necessário, ajude os outros a se cuidarem.
Ou seja, conseguimos pouco ou nada entregando a nossa vida, a nossa coragem e a nossa rotina para os outros serem felizes. Isso não significa que devemos parar de nos preocuparmos com os outros, mas temos de alcançar um equilíbrio e não nos esquecermos da importância de construirmos o nosso próprio crescimento pessoal.
As raízes da nossa árvore
“Se o amor fosse uma árvore, as raízes seriam o amor próprio. Quanto mais você se ama, mais frutos o seu amor dará aos demais, e mais sustentável será ao longo do tempo”. Walter Riso
Aumentar o nosso cuidado pessoal não é fácil, mas vale a pena. Afinal, quando falamos de amor, todos nós ganhamos. Para que isso aconteça, temos que cuidar de nossas raízes regando nossa árvore; esta é a única forma torná-la grande e forte.
Quando o seu “eu interior” falha, tudo ao seu redor falha também. Você não pode dar tudo para os outros e ficar vazio por dentro; isso causa uma sensação de desolação insuportável.
Então, apaixone-se por você primeiro; cuide e cultive a si mesmo. Ame a vida para conseguir amar em plenitude, sem apegar-se excessivamente a nada. Em outras palavras, o objetivo é cultivar a sua felicidade para ser capaz de dividi-la. Se você mimar a sua árvore e cuidar bem dela todos os dias, seus frutos crescerão saudáveis e cheios de energia positiva.