União Africana vai celebrar a data, marcada no dia 1º de março, com um evento em Niamey, capital do Níger; autoridades de todo o continente estarão presentes para reforçar seu compromisso com a promoção da alimentação escolar vinculada à compra local de alimentos como estratégia crucial para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Brasília – O continente africano vai comemorar pela primeira vez o Dia Africano de Alimentação Escolar, no dia 1º de março. A União Africana, que congrega 54 dos 55 países do continente, vai celebrar a data com um evento em Niamey, capital do Níger, e autoridades de todo o continente estarão presentes para reforçar seu compromisso com a promoção da alimentação escolar vinculada à compra local de alimentos como estratégia crucial para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O Dia Africano da Alimentação Escolar foi criado em janeiro deste ano, depois que os chefes de Estado reunidos na 26ª Cúpula da União Africana decidiram adotar a alimentação escolar como estratégia continental para melhorar a frequência e o desempenho dos alunos nas escolas e promover a geração de renda e o empreendedorismo em comunidades locais.

A decisão foi tomada depois que uma delegação de oficiais da União Africana e ministros de diversos países africanos visitou o Brasil para conhecer o Programa Nacional de Alimentação Escolar. A experiência brasileira tem inspirado inúmeros países africanos empenhados em adotar estratégias nacionais de alimentação escolar vinculada à compra de alimentos produzidos por agricultores familiares.

A Cúpula da União Africana determinou também a criação de um comitê técnico multidisciplinar de especialistas africanos para realizar, com apoio do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos, um estudo geral sobre a relevância e o impacto da alimentação escolar nos estados membros da União Africana.

A instituição espera que essa mobilização em torno do tema seja um incentivo para que os países que já têm programas de alimentação escolar continuem investindo em seu aprimoramento e que os países que não têm programas incluam a alimentação escolar entre suas prioridades políticas.

“Quando se trata de segurança alimentar e desnutrição, certas políticas públicas provaram trazer bons resultados mesmo em cenários muito diversificados, como é o caso da África, e a alimentação escolar certamente é uma dessas políticas”, afirmou o diretor do Centro de Excelência, Daniel Balaban.
O Níger foi escolhido como anfitrião do Dia Africano da Alimentação Escolar por sua liderança na promoção da alimentação escolar vinculada à agricultura local em países africanos. No país, os programas de alimentação escolar contribuem para combater o casamento precoce e reduzir o número de crianças vivendo na rua. Desde 2012, o Centro de Excelência está apoiando o governo do Níger na implementação de sua Política Nacional de Alimentação Escolar.A alimentação escolar gera renda para os agricultores familiares e possibilita que as escolas sejam uma plataforma de promoção da diversidade alimentar, de hábitos alimentares saudáveis e de nutrição. É um forte incentivo para que as famílias continuem enviando seus filhos às escolas, contribui para a redução do trabalho infantil, casamento e gravidez precoces, e ajuda a quebrar o ciclo intergeracional de pobreza.

Em todo o mundo, o PMA fornece alimentação escolar para mais de 18 milhões de crianças em 65 países. O PMA vai marcar o primeiro Dia Africano da Alimentação Escolar com um evento em Roma, com todas as missões da ONU na cidade. O evento vai possibilitar o diálogo sobre alimentação escolar no contexto do continente africano e mostrar o resultado de diversas iniciativas na área.

Sobre o PMA e o Centro de Excelência contra a Fome

O PMA é a maior agência humanitária lutando contra a fome no mundo. O PMA alcança mais de 80 milhões de pessoas em 80 países com assistência alimentar.

O Centro de Excelência contra a Fome do PMA é um fórum global para diálogo em políticas públicas sobre programas de alimentação escolar e segurança alimentar e nutricional. Desde sua criação em 2011, o Centro apoia governos de mais de 30 países na África, Ásia e América Latina no desenvolvimento de soluções sustentáveis contra a fome.

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