A pandemia do coronavírus atingiu na sexta-feira 13/03 mais de 125.000 casos registrados em todo o mundo. O Ministério da Saúde atualizou para 234 o número de pessoas contaminadas no Brasil pelo coronavírus (Covid-19), em balanço divulgado na tarde desta segunda-feira, 16/03. O Brasil ainda tem outros 2.064 casos suspeitos aguardando resultado de exames. A Organização Mundial da Saúde (OMS), em seu informe diário, reforçou a necessidade de isolamento urgente para evitar a propagação do vírus.
Entre os mais jovens, as entidades científicas e médicas já observaram que o novo coronavírus tem um baixo poder letal. Até os 39 anos, a taxa de mortalidade é de 0,2%, porém, esse percentual chega 14,8% entre os idosos, de acordo com um estudo realizado em fevereiro pelo Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CCDC).
Isso acontece por conta da baixa imunidade desse último grupo de pessoas, considerado um dos mais vulneráveis às complicações decorrentes do vírus. Além dos idosos, pessoas com doenças crônicas graves, imunodeprimidas e pacientes oncológicos também fazem parte do grupo de risco.
Mas como “adotaremos” os nossos idosos se não devemos nos aproximar deles?
Embora as recomendações sejam de que os idosos fiquem em confinamento sem contato com pessoas que possivelmente podem ter tido contato com pessoas contaminadas pelo coronavírus, consideramos algumas medidas que os mais jovens podem, e devem, proceder com os idosos:
- Podemos nos manter acessíveis, sem desacreditarmos na força da contaminação
- Jamais devemos desassisti-los, mas com todas as precauções para não aumentar a vulnerabilidade deles
- Podemos fazer suas compras
- Podemos levar os seus pets para passear
- Podemos explicar a eles que é só uma fase e tudo logo voltará ao normal. que logo poderemos voltar com as visitas
- Podemos enviar abraços, beijos, afetos por intermédio de palavras, telefonemas, áudios no WhatsApp e chamadas de vídeo
- Podemos passar para eles todas as informações necessárias sobre os cuidados para se contaminarem, tais como: manter uma boa alimentação e o controle de suas enfermidades preexistentes para não ficarem mais suscetíveis a uma nova infecção; evitarem sair de casa; evitarem locais fechados com muitas pessoas; verificarem se as vacinas estão em dia principalmente a da gripe.
Familiares e cuidadores também precisam redobrar o cuidado. “Pessoas que forem ter contato com idosos precisam lembrar de caprichar na higiene das mãos”, recomenda o médico infectologista Gerson Salvador.
OBS – Neste ano, por conta da pandemia do coronavírus, o Ministério da Saúde adiantou a campanha da vacinação, que vai começar no dia 23 de março. Serão imunizados, primeiramente, os idosos e os trabalhadores da saúde, que atuam na linha de frente do atendimento à população.
Medidas preventivas gerais:
Além de lavar bem as mãos com água e sabão por, no mínimo, 20 segundos ou higienizá-las com álcool gel várias vezes ao dia, também é importante evitar tocar na boca nariz ou olhos se estiver em um ambiente público, porque o vírus é transmitido por via aérea e pelo contato com secreções respiratórias.
Também deve-se evitar o contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas e manter os ambientes bem ventilados.