O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirmou na tarde desta quinta-feira (16) que identificou as substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol em oito rótulos produzidos pela cervejaria Backer, de Belo Horizonte. Quatro pessoas morreram: em uma delas, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais confirmou intoxicação por dietilenoglicol após consumo da cerveja; outras três mortes estão em investigação.
De acordo com o Mapa, no total são 21 lotes contaminados, sendo que um deles foi usado para produzir dois rótulos. Foram encontradas as substâncias tóxicas em oito marcas:
São elas:
1. Capitão Senra
2. Pele Vermelha
3. Fargo 46
4. Backer Pilsen
5. Brown
6. Backer D2
7. Belorizontina
8. Capixaba
Resumo:
- Uma força-tarefa da polícia investiga 18 notificações de pessoas contaminadas após consumir cerveja; quatro morreram;
- Os sintomas da síndrome nefroneural incluem náusea, vômito e dor abdominal, que evoluem para insuficiência renal e alterações neurológicas;
- O Ministério da Agricultura identificou 21 lotes de cerveja da Backer contaminados com dietileglicol, um anticongelante tóxico;
- A Backer nega usar o dietilenoglicol na fabricação da cerveja;
- A cervejaria foi interditada, precisou fazer recall e interromper as vendas de todos os lotes produzidos desde outubro;
- Diretora da cervejaria disse que não sabe o que está acontecendo e pediu que clientes não consumam a cerveja.
Lotes contaminados
- Backer D2 L1 2007
- Backer Pilsen L1 1549
- Backer Pilsen L1 1565
- Belorizontina L2 1197
- Belorizontina L2 1348
- Belorizontina L2 1354
- Belorizontina L2 1455
- Belorizontina L2 1464
- Belorizontina L2 1474
- Belorizontina L2 1487
- Belorizontina L2 1546
- Belorizontina L2 1557
- Belorizontina L2 1593
- Belorizontina L2 1604
- Belorizontina L2 1604
- Brown 1316
- Capitão Senra L2 1571
- Capitão Senra L2 1609
- Capixaba L2 1348
- Fargo 46 L1 4000
- Pele Vermelha L1 1345
- Pele Vermelha L1 1448
Bebeu cerveja Backer? Saiba quando é necessário ir ao hospital
Segundo o infectologista Leandro Machado, todas as pessoas que consumiram a cerveja podem desenvolver o quadro de intoxicação com insuficiência renal e lesões neurológicas mas, se não apareceram sintomas 72h após a ingestão da bebida, não há necessidade de correr para o hospital. “Pode avisar ao seu médico de confiança para que seja feito um monitoramento, mas não precisa ir à emergência”, afirma.
Fontes pesquisadas: G1; O tempo; R7; Metrópoles