Nas apresentações do Circus Roncalli na Alemanha, um elefante fica diante da platéia, com as orelhas abanando e batendo a tromba. Ele levanta as patas traseiras enquanto a multidão aplaude. Então desaparece.

O elefante, como os outros animais apresentados no Circus Roncalli, é um holograma 3D – um esforço tecnológico para preservar o gosto dos circos históricos e eliminar a crueldade animal.

Como relata o jornal alemão Rheinische Post, o Circus Roncalli foi fundado em 1976 e começou a diminuir gradualmente o uso de animais em suas apresentações desde os anos 90. Desde 2018, seus shows não apresentam animais vivos, voltando-se para projeções holográficas com visibilidade de 360 ​​graus para os espectadores sentados ao redor do ringue. Segundo a BBC, são necessários 11 projetores para realizar o feito.

Alguns dos atos holográficos reproduzem performances tradicionais do circo, como o elefante performático e um anel etéreo de cavalos que galopam em torno do topo. Outros atos são mais fantásticos; os frequentadores de circo do passado, por exemplo, não seriam encantados com a visão de um enorme peixe dourado pairando no meio do ringue.
Outrora um pilar do entretenimento popular, os circos vêm lutando nos últimos anos para se manterem na ativa. Vários fatores impulsionaram esse declínio, incluindo o surgimento de outras mídias, como filmes e videogames, que competem pela atenção do público jovem.

Animais em circos são proibidos em muitos países

O uso de animais como entretenimento em circos já é proibido na Índia, Itália, Irlanda, Romênia, Eslováquia, Áustria, Holanda, Suécia, Finlândia, Suíça, Dinamarca, Argentina, etc. Ao todo, existem 42 países no mundo que proibiram o uso de animais em circos. As Organizações de Bem-Estar Animal e os cientistas enfatizam que o uso de animais para fins de entretenimento é irresponsável e desatualizado.

No Brasil apenas alguns Estados proibiram, alguns deles são: Goiás, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Falta uma lei que possa valer para todo o país.

Com informações de Smithsonian






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