Imagine a surpresa que o pessoal do Museu e Memorial Auschwitz-Birkenau teve ao descobrir que um item que faz parte da coleção da instituição ocultava um segredo há mais de 70 anos! O objeto em questão é uma caneca que pertenceu a um dos muitos judeus que foram enviados ao famoso campo de concentração e, depois de ser radiografado, revelou guardar algo que passou despercebido pelos nazistas — e por todos os demais — durante esse tempo todo! Veja:
Esconderijo
De acordo com Camila Domonoske, do site NPR, a caneca possui um fundo falso e, sob ele, foram cuidadosamente escondidos um colar de ouro e um anel do mesmo material incrustado com pedras preciosas. E qual é a história desse fascinante utensílio? Segundo Camila, quando os primeiros prisioneiros começaram a ser enviados aos campos de concentração, eles ouviam dos nazistas que estavam sendo relocados para trabalhar e viver em outras localidades.
Os prisioneiros inclusive tinham permissão de levar alguma bagagem e, acreditando que estavam se mudando para outro lugar, é claro que a grande maioria deles incluía nas malas seus pertences mais valiosos. E era bem isso o que os alemães esperavam que os prisioneiros fizessem — tanto que, quando essas pessoas chegavam a Auschwitz ou a outro campo de extermínio qualquer, todas suas posses eram confiscadas pelos nazistas.
A caneca da coleção é um dos milhares de itens confiscados no campo de concentração e o fato de ela esconder tão bem peças valiosas para a pessoa que as ocultou ali demonstra que quem quer que tenha guardado as joias provavelmente tinha esperança de um dia escapar dos nazistas e recomeçar a vida depois da guerra. E isso é bastante triste, uma vez que a pessoa que teve a caneca confiscada provavelmente está entre os mais de um milhão de pessoas que perderam a vida em Auschwitz.
Por outro lado, não é incrível que, mesmo depois de mais de sete décadas desde que o campo de concentração foi libertado, os historiadores e curadores das coleções ainda descubram relíquias deixadas pelas vítimas?
O museu diz que embora cada descoberta seja “cuidadosamente documentada”, muitas vezes é impossível conectar um item pessoal à vítima que o possuía devido à falta de características identificadoras.
Mais de 1 milhão de prisioneiros, a maioria judeus, morreram em Auschwitz durante o Holocausto.
Fonte: Mega Curioso. Com informações de NPR