Falamos de mães tóxicas. Contudo, cabe explicar que também existem pais tóxicos. E até parentes tóxicos. Mas as mães são pilares da educação dos filhos. As mães são formadoras da maturidade pessoal e da segurança interior, são âncoras de pesadas cadeias que podem trancar, por completo, a independência física e emocional do filho.

Você é quem decide qual o papel de mãe que deseja exercer na educação das crianças. É a mãe quem estabelece o vínculo de cuidado e afeição mais íntimos com o neném. E, dia a dia, ele irá se soltando de seus braços para avançar pelo mundo. É com esse vínculo indissolúvel da mãe que o fará se sentir amado, seguro e independente. A referência saudável o fará amadurecer de modo inteligente. Em todos os portos da vida ele se comportará do modo como foi educado. Mas, a insegurança o fará percorrer o caminho da fraqueza.

No livro The Mom Factor de Henry Cloud e John Townsend, os autores sugerem que o desenvolvimento da criança depende significativamente da atitude de sua mãe em relação a ela e de sua resposta ao processo maternal. Isso acontece porque a criança aprende como se relacionar com pessoas, por meio de sua relação com os seus pais, neste caso com sua mãe, já que o estudo se refere a relação com a mãe.

Os autores identificaram 6 tipos comportamentos maternos pouco sadios. São eles:

A mãe fantasma

A mãe boneca chinesa

A mãe boneca chinesa não sabe como lidar com situações desagradáveis ou estressantes. Ela não sabe lidar com seus problemas e se sente sobrecarregada com o que o filho traz para sua vida. Como resultado, a criança não aprende a lidar com as emoções; isso faz que, quando adulto, possa se tornar impotente perante os sentimentos de tédio, tristeza e medo.

A mãe controladora

A mãe controladora acredita que ela sabe o que é o melhor, e sua atitude torna difícil ou inclusive impossível que seu filho cresça como pessoa. Essas mães criam uma sensação de culpa em seus filhos quando adultos, quanto eles tentam se tornar independentes e tentam sair do controle de seus pais. Alguns dos comportamentos que elas utilizam incluem demonstrar indiferença, usar a chantagem emocional ou demonstrar raiva e hostilidade. Querem que tudo seja do seu jeito.

A mãe troféu

A mãe troféu precisa de audiência e admiração. Quer ser o centro de todas as atenções, e muitas vezes usa seu filho ou filha nesse sentido, fazendo todo o possível para que pareça perfeito e atenda suas expectativas; ela quer que seu filho “seja o seu orgulho” em todas as circunstâncias, para ser um “troféu” a ser exibido. Os filhos desse tipo de mãe, quando adultos, têm que ser os melhores e satisfazer as necessidades dos demais. Tentam fazer os outros felizes e fazem qualquer coisa para evitar que as pessoas desanimem. Têm medo de cometer erros e de se mostrarem sinceros. São infelizes devido ao seu perfeccionismo e constantemente estão se comparando com os outros.

A mãe chefe

O princípio orientador da mãe chefe é: “não importa quantos anos você tenha, eu sempre serei sua mãe, e você sempre será o meu bebê”. Ela não sabe como permitir que o filho cresça e se torne independente. Quando chegam a adultos, os filhos têm relações difíceis com os demais, porque nunca aprenderam a se relacionar com os outros como iguais e de forma colaborativa. Em consequência, ficam no papel de crianças, sentem-se inferiores e incapazes de tomar decisões maduras, ou assumem a atitude de um chefe, tentando liderar e controlar os demais. Ambos estilos podem funcionar alternadamente na mesma pessoa.

A mãe American Express

A mãe American express é o tipo que não deixa que seus filhos cresçam e se afastem, literal ou psicologicamente. Ela impõe metaforicamente o antigo slogan da American Express, “não saia de casa sem ela”. Ela tenta manter a relação mãe-filho para sempre. Seus filhos, quando chegam a adultos, por um lado, idealizam sua mãe e, por outro, lutam por independência. Também transferem essa luta para outras relações, o que significa que não sabem como construir relações com base no interesse e confiança mútuos.

Nem todas as mães se encaixam perfeitamente nessas categorias; é possível que sua mãe – ou você, como mãe – seja imperfeita, mas fundamentalmente uma boa mãe.

Por outro lado, ainda que uma ou mais categorias apliquem-se a você como filho(a) ou como mãe, temos de recordar que generalizações são úteis, mas ainda assim são generalizações. Podem ser úteis para nos dar informações sobre fatores que podem ter afetado nosso desenvolvimento e nossas relações atuais, mas não devemos cair no perigo de exagerar ou julgar precipitadamente.






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