A primeira que coisa que você lerá neste artigo é que ele não substitui consultas médicas e nem fornece um elixir milagroso. Trata-se de conteúdo de pesquisa teórica fundamentada em opiniões de profissionais especializados e na experiência da própria autora que tem praticado estas 6 atitudes. Então vamos lá:
O que é dor crônica?
Dor crônica é aquela que persiste ou é recorrente por semanas ou até anos, sem que você tenha – por exemplo – sofrido um acidente de carro. As causas incluem: lesões, hérnia de disco, ligamento rompido, dor neuropática, fibromialgia, cefaleia crônica, inflamação ou disfunção dos nervos, câncer, artrite, diabetes.
A dor crônica pode tornar o sistema nervoso mais sensível à dor. Por exemplo, a dor crônica estimula repetidamente as fibras nervosas e as células que detectam, enviam e recebem sinais de dor. Estimulação repetida pode alterar a estrutura das fibras e células nervosas (chamado remodelação) ou fazer com que as mesmas fiquem mais ativas. Por conseguinte, pode ocorrer dor com uma estimulação que normalmente não seria dolorida, ou o estímulo doloroso pode parecer mais forte. Este efeito é chamado sensibilização.
As dores são reais, mas os exames não mostram nada
Os fatores psicológicos corroboram muito para aumentar a dor persistente. Dessa forma, a dor crônica geralmente se torna desproporcional aos processos físicos identificáveis. As dores são reais e há momentos que são quase insuportáveis, mas não aparece nada nos exames. Sendo assim, na maioria das vezes, o paciente é medicado com algum antidepressivo. Em alguns caso, é claro, a medicação é indispensável, entretanto, é possível se livrar de dores crônicas, ao fazer uma revolução nos seus hábitos.
6 atitudes que você tem que tomar agora para se libertar de dores crônicas
Não é bom para a saúde mental esperar a dor passar esperando. É melhor esperar passar, vivendo da melhor maneira possível. Por nós mesmos e por aqueles que convivem conosco. Pensando nisso, eu decidi seguir rigorosamente as recomendações dos meus médicos e adotei a postura de me obrigar a praticar essas 6 atitudes de amor próprio. São elas:
1 – Focar o pensamento no amor e no cuidado próprio
Firme os seus pensamentos na seguinte premissa: sem saúde mental não há saúde física e por isso vou direcionar a minha atenção e o meu amor à minha saúde integral. O adoecimento de nossas emoções desencadeia em nosso corpo, doenças geneticamente predispostas e outras imagináveis. O nosso corpo não é outra coisa senão a caixa de ressonância das nossas vibrações energéticas e do acúmulo de nosso lixo emocional. E todos nós, precisamos de ajuda para lidarmos com nossas dores psicoemocionais e físicas. E está tudo bem. Assim, a primeira atitude que você precisa tomar para se libertar das dores, é adotar a firme postura de amor próprio. Afinal de contas, quem estará ao seu lado até os fins de seus dias, além de você mesmo?
2 – Fazer uma dieta anti-inflamatória
A gordura é sinônimo de inflamação. Só esta frase já deixa evidente a necessidade de ficarmos livres do excesso de gordura em nosso corpo. Mas, acredite, não pense que você conseguirá fazer isso sem o amparo de um nutricionista. Por experiência própria eu descobri que eu estava fazendo uma alimentação saudável correta, mas com porções erradas e na hora errada. Depois que comecei a fazer o acompanhamento com a nutricionista e ela me passou – dentre outras coisas – uma dieta anti-inflamatória, minha vida mudou excepcionalmente.
3 – Se obrigar a praticar exercícios físicos
Essa fase vem depois do primeiro mês de dieta assistida e a palavra é se obrigar mesmo, uma vez que as dores tira nossas forças físicas e emocionais. Então você vai começar com atividades físicas leves: caminhada acelerada, aula 1 de Yoga, musculação sem peso. (Obs: só faça exercícios físicos depois que o seu clínico geral liberar).
4 – Tomar a quantidade de água indicada para sua idade
A água, que representa cerca de dois terços do nosso peso corporal, transporta nutrientes e resíduos ao redor do organismo, regula a temperatura, age como um lubrificante e amortece as nossas articulações, desempenhando uma função na maioria das reações químicas que ocorrem dentro de nós. A maioria dos especialistas concorda que a necessidade de líquido varia de acordo com a idade, a estrutura corporal, o gênero, o ambiente e o nível de atividade física de cada indivíduo. Por isso, mais uma vez, consulte um nutricionista antes de virar a louca da garrafinha com água.
5 – Eliminar a cafeína e o açúcar
Não adianta espernear, porque se você quiser ficar livre das dores crônicas terá que eliminar de sua vida o consumo de cafeína e de açúcar. De acordo com o neurocirurgião e especialista em dor crônica, doutor Nivaldo Teles, o açúcar e cafeína são inimigos de quem sofre dores crônicas. O consumo da cafeína piora a qualidade do sono, e ao piorar a qualidade do sono, logo aumentam os sintomas depressivos, a ansiedade, fadiga e sucessivamente as dores. Ele afirma ainda que o açúcar (carboidratos refinados) aumenta a incidência de cáries, de obesidade, doenças cardiovasculares, artrite, artrose, fibromialgia, a inflamação crônica e outros tipos de inflamação. Além disso, o açúcar é o alimento do câncer.
6 – Menos sal e muito menos álcool
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o abuso de álcool está atribuído a mais de 5% da carga mundial de doenças e lesões, comprometendo o funcionamento do cérebro e afetando vários outros órgãos. O alto consumo de bebidas alcoólicas também está intimamente associada ao surgimento de dores neuropáticas, em especial em extremidades como mãos e pés. Dessa maneira o consumo de álcool contribui significativamente para as inflamações crônicas.
Sobre o sal, a recomendação principal dos nutricionistas é que tire o saleiro da mesa. Os cientistas já comprovaram que populações que comem muito sal correm mais riscos de pressão alta, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e insuficiência renal. E ao consumir , especialmente, alimentos industrializados, enlatados, embutidos e até refrigerantes, com certeza entramos para esta estatística. Uma pesquisa divulgada na revista científica Nature afirmou ainda que problemas relacionados ao cérebro, como doenças cerebrovasculares e comprometimento cognitivo, aparecem se há sódio em excesso no organismo.
Artigo organizado por Clara Dawn, escritora, pesquisadora, psicopedagoga e psicanalista.