5 dicas para praticar desapego e libertação emocional

É possível que a palavra desapego lhe cause uma sensação de frieza e egoísmo. Nada está mais longe da realidade. A palavra desapego, compreendida dentro do contexto do crescimento pessoal, é um valor interno precioso que todos nós devemos aprender a desenvolver. Praticar o desapego não significa abrir mão de tudo o que é importante para nós, rompendo vínculos afetivos ou relacionamentos pessoais com aqueles que fazem parte do nosso cotidiano. Desapego significa saber amar, apreciar e se envolver nos relacionamentos com uma visão mais equilibrada e saudável, libertando-se dos excessos que o prendem.

Conheça abaixo 5 práticas para o desapego e libertação emocional:

1- Você é responsável por si mesmo

Ninguém pode viver por você. Ninguém pode respirar por você, se oferecer como voluntário para carregar suas tristezas ou sentir suas dores. Você é o arquiteto da sua própria vida e de cada passo que dá em seu caminhar.

Portanto, a primeira lei que deve ter em mente para praticar o desapego é tomar consciência de que você é totalmente responsável por si mesmo. Não responsabilize os outros pela sua felicidade. Não imagine que para ser feliz é necessário encontrar o parceiro ideal ou ter o reconhecimento de toda sua família.

Se a opinião dos outros é a sua medida de satisfação e felicidade, você não vai conseguir nada além de sofrimento. Raramente os outros suprirão as nossas necessidades. Cultive sua própria felicidade, seja responsável, maduro, conscientize-se das suas escolhas e consequências e nunca deixe que seu bem-estar dependa da opinião alheia.

2- Viva no presente, aceite e assuma a sua realidade

Muitas vezes, não conseguimos aceitar que nesta vida nada é eterno, nada permanece sempre igual; tudo flui e retoma seu caminho. Muitas pessoas estão sempre focadas no que aconteceu no passado, e isso se torna um fardo pesado que carregamos no presente.

Mesmo que seja doloroso, aceite, assuma o passado e aprenda a perdoar. Isso o fará se sentir mais livre e o ajudará a se concentrar no que realmente importa: “o aqui e agora”. Liberte-se!

3- Liberte-se e permita que os outros também sejam livres

Assuma que a liberdade em ser quem a gente é, é a forma mais plena, íntegra e saudável de aproveitar e compreender a vida em toda a sua imensidão. Ser livre para sermos quem somos, não nos impede de criar vínculos com os outros. Criar vínculos, amar e ser amado, fazem parte do nosso crescimento pessoal.

O desapego afetivo significa que você nunca deve assumir a responsabilidade pela vida dos outros, que eles não podem lhe impor seus princípios e nem tentar prendê-lo. É assim que surgem os problemas de relacionamento e o sofrimento.

Os apegos exagerados nunca são saudáveis. Temos como exemplo aqueles pais obcecados por proteger os filhos, que os impedem de crescer e avançar com confiança para explorar o mundo. A necessidade de desapegar-se é fundamental nesses casos; cada um um deve sair dos seus limites de segurança para enfrentar o imprevisto e o desconhecido.

4- Aceite as perdas com normalidade

Devemos aceitar que, nesta vida, nada dura para sempre. As pessoas vão embora, as crianças crescem, amigos se afastam e perdemos alguns amores…Num repente temos o bastante e noutro podemos perder muitas coisas: desde bens matérias, o emprego ou a saúde. Tudo isso faz parte de uma preparação para o aprendizado do desapego. Temos que aprender que isso é normal, pois acontece no mundo a todo momento com alguém aqui ou acolá. E por isso precisamos encarar a finitude como algo inerente à vida para então ressignificá-la com tranquilidade e coragem. O que nunca pode acabar é a capacidade de amar. pedagogicamente. Que tal começar por você mesmo?

5 – Pratique o autoconhecimento e a inteligência emocional

Se conhecer é o primeiro passo para desenvolver a inteligência emocional. Você precisa saber analisar as  suas emoções e as ações que adota em resposta aos estímulos. Eis o pilar mais forte da inteligência emocional.

Um truque bem simples para praticar a inteligência emocional é sempre pensar se aquele comportamento expressado foi de acordo com a sua idade ou você agiu de maneira infantil. Agir como criança ou adolescente na fase adulta é falta de inteligência emocional. Exemplo: xingar, espernear, bater porta, gritar, jogar objetos, fazer pirraça, manha, emburrar…

O importante, no entanto, é não cair nas armadilhas do desespero. Essas situações podem impulsionar decisões equivocadas. Para evitar essa miopia emocional, você pode começar eliminando o olhar negativo acerca das coisas. Mantenha o otimismo, pois, não há melhor maneira para encontrar as soluções mais eficientes. Porém, o autoconhecimento emocional e a prática da inteligência emocional não são fáceis de desenvolver sem uma ajuda qualificada. Por isso, não pense duas vezes e procure um psicólogo ou um psicanalista.

 

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