Se sentir dependente de alguém para ser feliz é bem comum, não acontece só com você não, viu!? Já aconteceu comigo e eu ouço relatos de muitas de minhas analisandas sobre dependência emocional. Em alguns casos a dependência emocional é tão grande, as pessoas são diagnosticadas com Transtorno de Personalidade Dependente. Pessoas com esse transtorno têm baixa autoestima, dificuldade em tomar decisões ou serem proativas e assertivas.

Mas a excelente notícia que eu tenho para você hoje, é que é perfeitamente possível parar de depender dos outros para ser feliz. E vou te contar agora mesmo com estas 12 dicas. Confira 12 maneiras de PARAR de depender dos outros para se sentir feliz:

1 – Aprenda a diferenciar entre dependência emocional e suporte emocional

É claro que a maioria das pessoas precisa de suporte emocional. Eu preciso. A gente precisa, muitas vezes, de um lugar para desabar. E o bom seria se esse lugar fosse numa sessão de terapia, mas nem sempre é possível e nessa hora a gente precisa contar o suporte emocional que vem de uma amizade ou até mesmo do companheiro ou companheira. Mas não é saudável que a gente dependa disso, que a gente sofra demasiadamente se não tiver a orientação, a escuta, a presença ou afeto do outro. Se você perceber que está confundindo suporte emocional com dependência emocional, se você descobrir que precisa do outro para ser feliz, se você impõe uma necessidade de ter o outro, saiba que alguém nessa relação está deixando de existir

2 – Entenda que a felicidade é a tomada da decisão de não sofrer

Freud nos ensina que, anota essa frase aí, “quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda”. Se a sua dor de não estar vivendo a sua própria maneira de ser feliz ainda não é maior do que o medo da mudança, então você não vai mudar a menos que decida mudar. E a maneira mais eficiente de mudar, é tomando a decisão de que não quer mais continuar no lugar de perdida que você se encontra.

3 – Firme o pensamento de que não é saudável fazer com que os outros se sintam responsáveis por sua felicidade

A gente ás vezes é tão egoísta, né? Quando a gente diz para uma pessoa que sem ela a gente não vive; ou quando diz “é por você que eu canto”; é por você que estou sorrindo. Sabe, isso é cruel. Não é amor. É egoísmo. Porque a gente não deve impor a nossa felicidade sob a responsabilidade de outra pessoa. A única pessoa responsável pela nossa felicidade, deve ser a gente mesmo.

4 – Se não conseguir sozinho não hesite em procurar ajuda profissional

Como eu disse, a maioria de nós precisa de ajuda qualificada. E tudo bem, viu!? A busca por uma psicóloga ou uma psicanalista deveria ser algo tão normal quanto ir ao dentista. Nossa mente, nossas emoções, nossa forma de enxergar e de lidar com conosco, com mundo e com outros, podem e devem ser assistidas pela ajuda profissional. Pense nisso.

5 – Desenvolva inteligência emocional, cultivando amor próprio, autoestima, autoaceitação e autoconhecimento

Depois que eu aprendi a desenvolver a inteligência emocional, a cultivar o amor próprio, a praticar o “antes o outro aborrecido por eu dizer não do que eu aborrecida por dizer sim’, gente, eu parei de chorar por qualquer coisa, eu passei a me amar, me cuidar, me respeitar e dessa maneira eu mostrei para as outras pessoas como elas deveriam me tratar. Mas eu não aprendi essas práticas sozinhas, como num passe de mágica não. Eu fui atrás. Eu busquei ajuda profissional, eu faço análise e consumo bastante conteúdo sobre inteligência emocional.

6 – Assuma o controle de sua própria vida e aceite a mudança

As habilidades de autossuficiência emocional podem não ser fáceis para todos nós, mas podem ser desenvolvidas. O importante a notar é que você tem que querer. Você tem que fazer isso por si mesmo quando estiver pronto. Não há prazo para esse tipo de coisa.

Quando estiver pronto para quebrar os laços da dependência emocional e parar de depender dos outros para a felicidade, não duvide de si mesmo. Você decidiu ser emocionalmente autossuficiente e nunca precisará olhar para trás. A mudança é sempre um pouco assustadora, mas provavelmente é o medo que o está segurando todo esse tempo. Não sinta a necessidade de se apressar – você deve fazer isso no seu próprio ritmo. Pode ter levado anos para se colocar em uma situação de dependência emocional dos outros. Pode levar tempo para sair dela.

Seja realista sobre o que você deseja alcançar e o tempo que levará para fazê-lo. Você pode achar mais fácil usar um diário, diário ou calendário de prestação de contas para colocar sua vida nos trilhos. Existem recursos infinitos disponíveis para guiá-lo em sua jornada para a autorrealização. Confie em suas próprias habilidades e tenha fé de que encontrará seu caminho. Não será fácil, mas valerá a pena. Você merece ser feliz , e só você pode fazer isso acontecer. Abrace a mudança.

7 – Substitua a companhia de pessoas tóxicas por pessoas solidárias e empáticas

O especialista em felicidade, o professor de neurociência e negócios da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, Moran Cerf, afirma que quando as pessoas passam tempo juntas, suas ondas cerebrais começam a se parecer e, em alguns casos, podem chegar a ser idênticas.

“Duas pessoas que assistem aos mesmos filmes, leem os mesmos livros, que compartilham as mesmas experiências e que, além disso, conversam entre si, começam, após duas semanas, a mostrar padrões comuns em linguagem, emoções e até pontos de vista”, explica Cerf. Por isso, segundo o pesquisador, a melhor decisão que se pode tomar na vida é escolher corretamente as pessoas que te rodeiam.

“As pessoas mais próximas a você têm um impacto na maneira como você se relaciona com a realidade maior do que se pode perceber ou explicar. E uma das consequências disso é se tornar parecido com essas pessoas. Se você escolhe um companheiro ruim e passa dez anos com ele, essa decisão vai ter um impacto significativo na sua personalidade e na sua vida”, diz o neurocientista.

8 –  Descubra sua própria felicidade

Felicidade é o sentimento que toma conta de você quando você experimenta emoções, interações ou eventos positivos. O cérebro responde a estímulos positivos liberando substâncias químicas que fazem você se sentir bem, como dopamina, serotonina e endorfinas , às vezes conhecidas como hormônios da felicidade. Certas atividades estimulam seu cérebro a liberar esses hormônios, como exercícios, dança e meditação.

Dentre várias coisas que pode lhe trazer felicidade descubra uma bastante particular. Aquela que intimamente lhe deixar feliz sempre que a realiza. E esteja preparada, pois pode não ser a mesma coisa que deixa seu parceiro de vida feliz. Também não será necessariamente o mesmo que seus amigos, porque cada um de nós é único. Todos nós temos diferentes necessidades emocionais e diferentes sonhos para o nosso futuro.

9 –  Invista tempo e estudo em descobrir quem você realmente é e qual é o seu propósito na vida

Não é fácil descobrir quem a gente é. Porque a gente não é o nosso nome, a nossa profissão, a nossa religião, o nosso prato favorito, o nosso time de futebol. Todas essas coisas nos foram apresentadas por intermédio da sociedade na qual pertencemos. Na maioria das vezes, precisamos de ajuda profissional para aprendermos a praticarmos o autoconhecimento. Uma técnica interessante de descobrir quem você é, pode ser fazendo uma lista de exclusão daquilo que você não é. Por exemplo: você pode listar que não é uma pessoa egoísta, logo você é uma pessoa altruísta e benevolente. E se você é uma pessoa benevolente, o seu propósito de vida pode estar num trabalho voluntário. Comece já a sua lista de hoje.

10. Aprenda a relaxar e vivenciar o momento

Pode parecer promessa de vendedores de cursos de meditação, mas “Carpe Diem”, aproveite o dia, é uma ferramenta muito útil para nos livrar do estresse, das cobranças, da ansiedade, da agitação sem freios da vida pós-moderna. Se você deseja encontrar a sua própria maneira de sentir feliz sem depender dos outros, precisa aprender a estar onde você está; a vivenciar o momento que está vivendo. Que seja por alguns minutos diários, mas pare tudo e apenas contemple o instante, a música, a natureza, um poema, uma boa prosa.

11 – Direcione o seu pensamento na máxima: “Eu não dependo do outro estar feliz para que eu esteja”

Você pode (e deve) ficar feliz por seus entes queridos quando eles alcançam o sucesso e comemoram seus sucessos. No entanto, você não deve depender das conquistas dos outros para impor a si mesmo razões para estar feliz. Não é justo consigo mesmo, transformar a felicidade alheia numa felicidade particular. Direcione o seu pensamento na máxima: “Eu não dependo do outro estar feliz para que eu esteja”. Tanto a dor do outro, como a felicidade do outro, são méritos do outro. Celebre com ele, mas vá de encontro aos seus próprios méritos.

12 – Pratique maturidade e inteligência emocional

A inteligência e maturidade emocional podem ser melhoradas através de práticas como a autorreflexão, o desenvolvimento da empatia, a gestão do stress, a consciência social e as competências de resolução de conflitos. Pratique observar como você se sente; preste atenção em como você se comporta; assuma a responsabilidade por seus sentimentos e comportamento; pratique ouvir e responder pausadamente; crie um ambiente positivo; estabeleça limites saudáveis; assuma seus erros com coragem, encontre um modelo…

Essas práticas, muitas vezes, precisam de exercícios e até de uma formação específica. Por isso eu gostaria de indicar dois livros que me ajudaram muito em própria busca por maturidade e inteligência emocional. São eles: Inteligência Emocional – Daniel Coleman; O homem mais inteligente da história – Augusto Cury.

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Leia mais artigos sobre este assunto, aqui no Portal Raízes:

  1. “Se você me deixar, eu morro”: 4 passos para superar a dependência emocional
  2. Como deixar de ser dependente emocional e a desenvolver relações saudáveis
  3. 5 dicas para praticar desapego e libertação emocional





Clara Dawn é romancista, psicopedagoga, psicanalista, pesquisadora e palestrante com o tema: "A mente na infância e adolescência numa perspectiva preventiva aos transtornos mentais e ao suicídio na adolescência". É autora de 7 livros publicados, dentre eles, o romance "O Cortador de Hóstias", obra que tem como tema principal a pedofilia. Clara Dawn inclina sua narrativa à temas de relevância social. O racismo, a discriminação, a pedofilia, os conflitos existenciais e os emocionais estão sempre enlaçados em sua peculiar verve poética. Você encontra textos de Clara Dawn em claradawn.com; portalraizes.com Seus livros não são vendidos em livrarias. Pedidos pelo email: [email protected]